Os vinhos Casal da Coelheira , de Tramagal, receberam sete distinções e foram o destaque no Médio Tejo, na Gala dos Vinhos do Tejo 2019. Foto: DR

Ponto alto na atividade anual da Confraria Enófila de Nossa Senhora do Tejo, a Gala dos Vinhos do Tejo 2019 reuniu cerca de 350 pessoas no dia 18, no hotel dos Templários, em Tomar, onde o momento mais esperado da noite era a cerimónia de entrega de prémios do ‘X Concurso Vinhos do Tejo’. Os vinhos Casal da Coelheira receberam sete distinções e foram o destaque no Médio Tejo, ao passo que a Casa Chef Victor Felisberto, em Abrantes, recebeu o prémio Restaurante Revelação.

Da região do Médio Tejo, o produtor mais premiado foi a Quinta do Casal da Coelheira, localizada na freguesia de Tramagal, concelho de Abrantes, tendo arrebatado um total de sete distinções. Conquistou o 1° e 3° prémios na categoria dos Melhores Brancos da Colheita de 2018 com os vinhos Casal da Coelheira Reserva e Casal da Coelheira Private Collection, respetivamente.

Além disso, no Concurso Vinhos do Tejo 2019, o enólogo e produtor Nuno Rodrigues, e o seu pai, José Rodrigues, proprietários da Quinta do Casal da Coelheira, conquistaram uma medalha de ouro (Casal da Coelheira Mythos, Tinto de 2017) e duas de prata (Casal da Coelheira Private Collection, Tinto de 2016 e Casal da Coelheira, Branco de 2018).

Participaram cerca de 350 pessoas na Gala dos Vinhos do Tejo. Foto: mediotejo.net

Neste sector, a Comissão Vitivinícola Regional do Tejo (CVR Tejo), entidade que organiza o evento em parceria com a Confraria, distinguiu os profissionais e as empresas que se destacaram no último ano. Ao palco subiram também os vencedores do ‘Tejo Gourmet – Concurso de Iguarias e Vinhos do Tejo’.

O ‘X Concurso Vinhos do Tejo’ foi o mais concorrido de sempre, com 183 vinhos em competição. Para além das duas ‘Medalhas de Excelência’, foram atribuídas duas ‘Grande Ouro’, vinte e nove ‘Ouro’ e vinte e quatro ‘Prata’. A CVR Tejo quis também premiar os branco e rosés da colheita mais recente, a de 2018, sendo que houve seis vencedores, três em cada categoria.

Outra medalha de ouro foi para a Casa Agrícola Solar dos Loendros, de Tomar, com o vinho O Mordomo Reserva Touriga Nacional, Tinto de 2014.

Houve ainda dois produtores de Tomar que receberam medalhas de prata. Anca Nicoleta Poiana Martins foi premiada com o seu vinho Casal Martins Touriga Nacional Grande Escolha Tinto 2017 e o Dona Anca Reserva Tinto 2015. Outra foi para o Encosta do Sobral Selection Branco de 2018.

A Quinta do Coro, do Sardoal, conquistou também uma medalha de prata com o seu vinho Quinta do Coro Maestro, Tinto de 2017.

As duas ‘Medalhas de Excelência’ foram atribuídas ao Quinta da Alorna Alvarinho e Viognier Reserva branco 2017, da Quinta da Alorna, e ao Tyto Alba Touriga Nacional tinto 2015, da Companhia das Lezírias.

A qualidade dos vinhos “obrigou” à atribuição de duas ‘Medalhas Grande Ouro’: o Clavis Aurea Reserva tinto 2017, da Quinta Casal Monteiro, e o Bridão Reserva tinto 2016, da Adega do Cartaxo, foram os eleitos.

Casal da Coelheira recebeu várias medalhas. Foto: mediotejo.net

‘Tejo Gourmet’ distinguiu “casamento” entre comida e Vinhos do Tejo

Com 58 restaurantes inscritos no ‘Tejo Gourmet’, em 9.ª edição, o concurso mais concorrido de sempre continua a promover a excelência na restauração, com destaque para a harmonização de Vinhos do Tejo com uma gastronomia de índole tradicional, de autor e internacional.

O restaurante Calça Perra, de Tomar, apresentou, segundo o júri, a melhor combinação no prato principal com o seu “Carré de Borrego com crosta de Ervas Frescas com Gratin de Batata e Tomate Cherry”. Na lista dos Prémios Especiais, a Casa Chef Victor Felisberto, situada em Alferrarede, Abrantes, recebeu o Prémio Revelação.

Sete restaurantes da nossa região receberam a Grande Medalha de Ouro: Calça Perra (Tomar), Grão Mestre – Hotel dos Templários (Tomar), A Lúria (Portela – Tomar), A Botica (Ourém), Casa Chef Victor Felisberto (Alferrarede – Abrantes), De’Gustar (Torres Novas) e O Almourol (Tancos – Vila Nova da Barquinha).

Com Medalha de Prata foram galardoados os restaurantes O Picadeiro e Porta 45, ambos de Tomar.

O crédito de ‘O Melhor Restaurante’ da competição vai para o Wish, no Porto. Para gáudio dos jurados, não houve um, mas duas “cozinhas” a merecerem o título de ‘Restaurante Revelação’: a Casa Chef Victor Felisberto, Abrantes (no Tejo) e o Taxiko Steakhouse, no Funchal, na Ilha da Madeira.

O almeirinense Cisco – Cozinha Tradicional voltou a arrecadar, pelo segundo ano consecutivo o galardão de ‘Melhor Cozinha Tradicional’. Cada vez mais em voga estão as casas de petiscos e, neste registo, a eleita foi a Petiscaki, de Montemor-o-Novo. O

Quorum, em Lisboa, foi distinguido na categoria de ‘Melhor Cozinha de Autor’, estando por isso de parabéns o chefe Tiago Santos. O prémio de ‘Melhor Cozinha Internacional’ foi para o Algarve, estando a caminho das paredes do À Terra, na Vila Monte Farm House, em Moncarapacho, Olhão. A ‘Melhor Carta de Vinhos’ (do Tejo) é a do madeirense Beef & Wines (Funchal). De destacar foi a promoção feita ao Tejo Gourmet pelo Clube Lisboeta e pelo Pão à Mesa, ambos em Lisboa.

O Espadarte, restaurante do Hotel Sana Sesimbra, e o Rei dos Leitões, na Mealhada, foram os que se destacaram na entrada que melhor “casa” com os Vinhos do Tejo.

Os restaurantes À Terra, Beef & Wines, Cisco – Cozinha Tradicional, Espadarte, Quorum, Rei dos Leitões, Taxiko Steakhouse e Wish foram os oito galardoados com ‘Grande Medalha de Ouro’, seguindo-se 28 com ‘Ouro’ e 17 com ‘Prata’.

A CVR Tejo distinguiu Bernardo Cabral como ‘Enólogo do Ano’ e as Adegas Cooperativas de Benfica do Ribatejo e do Cartaxo, como ‘Empresa Dinamismo’ e ‘Empresa Excelência’, respetivamente. No que toca ao ‘Prémio Carreira’ coube ao enólogo António Ventura levá-lo para casa.

A ‘Gala Tejo’ é um evento anual, organizado pela Comissão Vitivinícola Regional do Tejo em parceria com a Confraria Enófila Nossa Senhora do Tejo, que tem como objetivos promover a marca ‘Vinhos do Tejo’, estimular a produção vínica de qualidade e dar a conhecer os néctares da região num momento de união e confraternização entres os “players” do sector na região.

Ganhou o “bichinho” do jornalismo quando, no início dos anos 80, começou a trabalhar como compositor numa tipografia em Tomar. Caractere a caractere, manualmente ou na velha Linotype, alinhavava palavras que davam corpo a jornais e livros. Desde então e em vários projetos esteve sempre ligado ao jornalismo, paixão que lhe corre nas veias.

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