Tapetes com verduras e pétalas de flores são imagem de marca da Semana Santa de Sardoal. Foto: Paulo Jorge de Sousa/CMS

De acordo com o anúncio publicado em Diário da República (DR) a 29 de junho, a DGPC abriu a consulta pública AQUI, por 30 dias, “para efeitos de inscrição” da “Semana Santa e Festa do Espírito Santo”, de Sardoal, como património imaterial, período que já terminou, estando agora a pretensão do município a um pequeno passo da sua classificação.

O presidente da Câmara de Sardoal, Miguel Borges, destacou a importância do preservar a história e a cultura dos antepassados, a par do impulso que o turismo religioso pode conferir à economia local. No âmbito das tradições da Semana Santa, o Sardoal foi convidado a levar à Jornada Mundial da Juventude (JMJ) um dos seus tapetes de flores naturais, momento que colocou a Semana Santa no “altar do mundo”.

Cerca de 50 voluntários de Sardoal elaboraram um tapete gigante de flores naturais no Parque Eduardo VII, em Lisboa. Foto: MB

ÁUDIO | MIGUEL BORGES, PRESIDENTE CM SARDOAL:

Segundo o documento, a DGPC decide sobre o pedido de inventariação da Semana Santa e Festa do Espírito Santo de Sardoal no prazo de 120 dias, após a conclusão do período da consulta pública.

Inseridas nesta candidatura estão todas as tradições relacionadas com a Semana Santa, desde a primeira procissão até ao Bodo, que acontece 50 dias depois da Páscoa, passando pela elaboração dos tapetes de flores nas Igrejas e Capelas do Concelho, aos anjinhos que acompanham as procissões.

Fator primordial para a submissão da candidatura foi o facto da Semana Santa no Sardoal ser uma tradição viva, que ano após ano envolve cada vez mais populares e traz a todo o Concelho milhares de visitantes.

Procissão dos Fogaréus é uma das mais icónicas da Semana Santa de Sardoal. Foto: mediotejo.net

Esta candidatura, que agora se encontra em Consulta Pública, pretende dar relevo e salvaguardar o Património Cultural Imaterial do Concelho de Sardoal para que este seja mantido e divulgado de forma consistente e reconhecida como uma mais valia a nível nacional.

A experiência de trabalho nas rádios locais despertaram-no para a importância do exercício de um jornalismo de proximidade, qual espírito irrequieto que se apazigua ao dar voz às histórias das gentes, a dar conta dos seus receios e derrotas, mas também das suas alegrias e vitórias. A vida tem outro sentido a ver e a perguntar, a querer saber, ouvir e informar, levando o microfone até ao último habitante da aldeia que resiste.

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