Festival Internacional de Folclore. Grupo do México. Foto de arquivo. Créditos. mediotejo.net

O folclore mundial vai estar em Ponte de Sor até domingo, 29 de julho, no FestiFolk – Festival Internacional de Folclore da Cidade de Ponte de Sor, numa organização do Rancho Folclórico da Casa do Povo local, em parceria com a autarquia. A cerimónia de abertura decorreu em frente ao edifício da Câmara Municipal com pequenas demonstrações da Croácia, Polónia, Sérvia, México e Portugal. O Togo, também convidado, não se apresentou devido a problemas “com os vistos”, explicou ao mediotejo.net a organização do festival.

Esta edição de 2018, “é a primeira neste modelo” explica ao mediotejo.net Joaquim Nunes, presidente da direção do Rancho Folclórico da Casa do Povo de Ponte de Sor. Um espetáculo com dois grupos de folclore, de Espanha e da Geórgia, decorreu em Ponte de Sor em 2015 mas “foi só um dia, num evento completamente diferente” acrescenta.

A cerimónia de abertura decorreu na quarta-feira, 25 de julho, em frente ao edifício da Câmara Municipal de Ponte de Sor, com uma assistência de meia centena de pessoas, incluindo crianças das escolas do concelho.

Após a cerimónia de boas vindas no Salão Nobre dos Paços do Concelho, à qual assistiram os representantes de cada grupo folclórico dos países convidados, à exceção do Togo ausente por problemas com “os vistos”, segundo informou o mediotejo.net fonte da organização do festival, seguiu-se a criação de uma comissão de honra integrando vários ilustres do concelho. Depois o hastear das bandeiras ao som do hino de cada país a começar pela Sérvia, seguida da Polónia, à qual se seguiu o México, depois a Croácia e por fim Portugal.

O presidente da Câmara Municipal, Hugo Hilário, deu as boas-vindas e destacou a promoção dos intercâmbios culturais com outras zonas do globo. “Desta forma não poderíamos não aceitar o desafio que nos foi feito, para dias mais coloridos e mais felizes”. Desejou aos convidados que os dias passados no concelho sejam “inesquecíveis”, e agradeceu ainda aos presidentes das Juntas de Freguesia pela “descentralização” do evento.

Festival Internacional de Folclore de Ponte de Sor. Joaquim Rocha, presidente do Racho Folclórico da Casa do Povo de Ponte de Sor

Assim, naquela que é a primeira edição do Festival Internacional de Folclore de Ponte de Sor marcam presença grupos folclóricos oriundos do México, da Polónia, da Croácia, da Sérvia, do Togo e de Portugal, num espetáculo que pretende ser “um desfilar de cor, tradições, sons, ritmos e alegria” trazidos até ao Alto Alentejo os agrupamentos que preencherão a programação cultural da cidade de Ponte de Sor e respetivas freguesias.

Os festivais internacionais de folclore “foi uma das formas encontradas pela UNESCO para aproximar os diferentes povos do mundo através da cultura e das artes tradicionais. Hoje é Portugal diferente, numa Europa também diferente e num mundo diferente ou cada vez mais igual, o propósito de promover festivais internacionais de folclore mantém-se”, afirmou a organização do festival na cerimónia de abertura, considerando o festival de Ponte de Sor “um contributo das gentes de Ponte de Sor para manter a paz entre os povos através da cultura tradicional”.

A ideia surgiu para colmatar “uma falta”, explica Joaquim Nunes, dando conta de cerca de 15 festivais de folclore no País, nomeadamente no Norte, no Ribatejo e no Algarve.

“Não havia nenhum no Alentejo, então decidimos organizar um” também com o objetivo do Rancho Folclórico da Casa do Povo de Ponte de Sor se candidatar ao CIOFF – Conselho Internacional de Festivais Folclóricos e Artes Tradicionais, no sentido “obter estatuto CIOFF” na organização internacional que preserva, promove e difunde a cultura tradicional e o folclore.

Com esse estatuto, o grupo de Ponte de Sor “começará a ser convidado para os festivais internacionais e recebe um pequeno apoio para a realização do Festival em Ponte de Sor”.

Joaquim Nunes anunciou na abertura do FestiFolk que “a partir de setembro o Rancho Folclórico da Casa do Povo de Ponte de Sor passa a integrar o IOFF – Organização Internacional de Festivais de Folclore. E durante as próximas três edições deste festival será acompanhado pelo CIOFF com vista a alcançar o conhecimento mundial e um selo de qualidade da UNESCO”. Seguiu-se um momento de apresentação de cada agrupamento convidado finalizando com o grupo anfitrião.

Do programa de seis dias de eventos que decorrerão no âmbito do FestiFolk destaque para alguns momentos, tal como na quinta-feira, dia 26, à noite, com animação nas freguesias, espetáculo que se repetiu também no dia 27.

Para este sábado, dia 28, decorreu de manhã um Grande Desfile na cidade, e à noite decorrerá a Grande Gala na Zona Ribeirinha da cidade. No domingo, dia 29, a Gala de Encerramento decorrerá no Choupal da Zona Ribeirinha de Ponte de Sor.

A par de algumas visitas promocionais da região, a animação nas freguesias será constante, passando por seis freguesias do concelho espetáculos de animação onde participam os agrupamentos estrangeiros convidados. Além disso, atua também “um grupo português convidado: o Rancho Folclórico de Vila Nova do Coito”, de Santarém.

Envolvidos nos trabalhos estão os membros do Rancho Folclórico da Casa do Povo de Ponte de Sor. “Cinquenta adultos e 15 adolescentes, porque é necessária uma grande logística” admite Joaquim Nunes. O “quartel general” do evento “está montado na Escola Secundária de Ponte de Sor onde os grupos vão dormir e tomar também algumas refeições”.

O FestiFolk “dá muito trabalho, mas sentimos orgulho em trazer um evento desta natureza à nossa terra”, notou. Como parceiro, o Rancho conta com o Município de Ponte de Sor e ainda com apoio das freguesias do concelho e de algumas empresas.

Todos os espetáculos têm entrada livre.

A sua formação é jurídica mas, por sorte, o jornalismo caiu-lhe no colo há mais de 20 anos e nunca mais o largou. É normal ser do contra, talvez também por isso tenha um caminho feito ao contrário: iniciação no nacional, quem sabe terminar no regional. Começou na rádio TSF, depois passou para o Diário de Notícias, uma década mais tarde apostou na economia de Macau como ponte de Portugal para a China. Após uma vida inteira na capital, regressou em 2015 a Abrantes. Gosta de viver no campo, quer para a filha a qualidade de vida da ruralidade e se for possível dedicar-se a contar histórias.

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