Com a atribuição do certificado de Indicação Geográfica Protegida (IGP) ao Maranho da Sertã, este produto endógeno passa, a partir de agora, a constar “da lista de produtos que a União Europeia protege”. A afirmação é da representante da Comissão Europeia em Portugal e foi proferida na cerimónia de entrega do certificado no dia 16 de julho, durante o Festival de Gastronomia do Maranho.
Sofia Moreira de Sousa, que falava perante a ministra da Coesão Territorial e autarcas da região, deixou ainda palavras elogiosas à Sertã e ao seu Maranho.
No seu discurso, o presidente da Câmara da Sertã deixou uma palavra de homenagem ao anterior executivo municipal pelo trabalho desenvolvido durante o processo de certificação e desdramatizou alguma da polémica surgida nos últimos meses com os municípios vizinhos: “Estamos a certificar a especificidade do Maranho da Sertã e não o Maranho. Nós sabemos que o Maranho é um produto de toda a região e que há muitos concelhos no interior que também o têm”.
Lembrando a “ligação muito profunda que existe entre a população da Sertã e o seu Maranho”, Carlos Miranda destacou “o papel e o investimento inquestionável que os produtores, empresários e o Município da Sertã têm feito para valorizar este produto”.
Já a ministra da Coesão Territorial, Ana Abrunhosa, mostrou-se muito satisfeita com a atribuição do certificado IGP ao Maranho da Sertã: “É uma maneira de dar um selo de qualidade e garantia a um produto único”.
A governante destacou ainda a importância deste selo não apenas para a “valorização do Maranho”, mas sobretudo para o desenvolvimento da economia local, em especial do turismo.
Ao palco subiu também António Simões, da Associação de Produtores do Concelho da Sertã (AproSer).