Manuel Valamatos, presidente da Câmara Municipal de Abrantes, no MIAA - Museu Ibérico de Arte e Arqueologia. Fotografia: mediotejo.net

“A Associação Portuguesa de Museologia (APOM) considerar o MIAA como o Museu do Ano é um orgulho imenso, um orgulho de uma comunidade inteira e de um trabalho extraordinário que temos vindo a fazer”, disse Manuel Jorge Valamatos, lembrando o “trabalho estratégico” que tem vindo a ser desenvolvido na criação de uma Rede de Museus em Abrantes.

Dessa Rede faz parte o Museu MDF – Metalúrgica Duarte Ferreira, no Tramagal, também distinguido com o Prémio Museu do Ano em 2018. O município de Abrantes recebe assim, por duas vezes em cinco anos, a mais importante distinção nacional na área da museologia.

“É um prémio que nos vem responsabilizar para continuarmos a fazer um trabalho extraordinário, com a equipa que temos de Cultura no MIAA e na nossa Rede de Museus, é um prémio que também nos impulsiona e que nos motiva a continuar a trabalhar”, acrescentou o autarca.

ÁUDIO | MANUEL VALAMATOS, PRESIDENTE DA CÂMARA MUNICIPAL DE ABRANTES

O prémio foi anunciado esta sexta-feira numa cerimónia realizada no Museu do Ar, em Pero Pinheiro, Sintra, na presença da presidente do Conselho Internacional de Museus, Emma Nardi, dezenas de profissionais do setor da museologia e com o autarca de Abrantes também presente na plateia, acompanhado do vereador Luís Dias, e outros responsáveis pelo MIAA e pela Rede de Museu de Abrantes.

VIDEO/CERIMÓNIA DE ENTREGA DO PRÉMIO MUSEU DO ANO 2023:

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A Rede de Museus de Abrantes, em que o MIAA assume um papel de liderança, inclui o Panteão dos Almeida (vencedor dos prémios “People´s Choice Award 2022” e “Interior Exhibition & Museum”, em 2022), o Museu MDF – Metalúrgica Duarte Ferreira, em Tramagal (Prémio Museu do Ano em 2018), quARTel – Galeria Municipal de Arte e, em breve, o Museu de Arte Contemporânea (MAC) Charters de Almeida, a instalar no Edifício Carneiro, cuja obra se encontra em fase de conclusão.

Muitos dos objetos do período romano expostos no MIAA foram encontrados na zona de Abrantes. Créditos: mediotejo.net

“Estamos em vésperas de inaugurar mais um museu, o MAC, e este é o reconhecimento de uma cidade, de uma região, que muito tem puxado para mobilizar todos em torno do turismo e da atração de pessoas” (…) e ficamos muito orgulhosos por um prémio que consideramos muito justo e que envolve muita gente, desde a sua conceção, à construção e, depois, agora, ao dia a dia, com dinâmicas sempre com registos de mobilização de pessoas para nos procurarem”, afirmou Manuel Jorge Valamatos.

O MIAA foi inaugurado a 08 de dezembro de 2021, ocupando parte significativa do antigo Convento de S. Domingos, edifício do século XVI situado no coração histórico de Abrantes.

Ali estão reunidos os acervos de arqueologia e arte do município de Abrantes e da Coleção Estrada, bem como a obra da pintora Maria Lucília Moita, que fixou residência em Abrantes em 1954. Estas coleções são complementadas por exposições temporárias.

O MIAA nasceu em Abrantes integrado no Convento de São Domingos, edifício do séc. XVI requalificado pelo arquiteto Carrilho da Graça. Fotografia: António Cunha

Para a concretização do museu – que revisita culturas e civilizações através de artefactos e obras de arte da pré-História à atualidade – foi realizada a total reabilitação do edifício pelo arquiteto João Luís Carrilho da Graça. O projeto de arquitetura mereceu também o prémio Nuno Teotónio Pereira, no ano passado.

O projeto de museologia é de Luiz Oosterbeek e Fernando António Batista Pereira, concebido em parceria com o Serviço de Património e Museus do Município de Abrantes.

*Com Lusa.

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Mário Rui Fonseca

A experiência de trabalho nas rádios locais despertaram-no para a importância do exercício de um jornalismo de proximidade, qual espírito irrequieto que se apazigua ao dar voz às histórias das gentes, a dar conta dos seus receios e derrotas, mas também das suas alegrias e vitórias. A vida tem outro sentido a ver e a perguntar, a querer saber, ouvir e informar, levando o microfone até ao último habitante da aldeia que resiste.

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