“A Infraestruturas de Portugal está a proceder à substituição dos elementos danificados das guardas de segurança da Ponte da Chamusca. Esta intervenção decorre no âmbito dos trabalhos regulares de manutenção realizados pela empresa”. A informação foi prestada por escrito pela IP após um pedido de esclarecimento feito pelo mediotejo.net sobre as obras que decorrem na ponte.
A assessoria de imprensa da IP adianta que “não está prevista a realização de outros trabalhos nesta Ponte no curto prazo”.
O que está a ser executado esta semana é apenas a substituição dos rails de proteção amolgados, sobretudo por causa dos camiões que ali se cruzam todos os dias, trabalhos dos quais a autarquia da Chamusca não tem conhecimento oficial.
Em janeiro, o presidente da câmara esteve reunido com responsáveis regionais da Infraestruturas de Portugal onde foi apresentada uma solução provisória que consistia na criação de duas ou três bolsas de cruzamento em pleno tabuleiro da ponte, através do recolhimento dos rails cerca de 20 centímetros de cada lado, o que iria permitir o cruzamento de duas viaturas pesadas.
Segundo Paulo Queimado, os responsáveis regionais da IP estavam na disposição de avançar com as obras, nem que fosse apenas para se fazer um teste, mas dos serviços centrais não há autorização para se avançar.
Enquanto isso, na ponte da Chamusca, os constrangimentos de trânsito são quase diários dado que os semáforos à entrada da ponte não funcionam e no tabuleiro não se conseguem cruzar dois veículos pesados.
Nos dias de nevoeiro em que a visibilidade é menor tem acontecido que dois veículos pesados que circulam em sentidos contrários não conseguem passar em simultâneo, o trânsito bloqueia e formam-se longas filas de viaturas quer do lado da Chamusca, quer do lado da Golegã, problema que por vezes se arrasta por uma ou duas horas.
Pela ponte Joaquim Isidro dos Reis, assim se chama a ponte inaugurada em 1909, passam em média mil veículos pesados por dia, segundo um estudo de tráfego realizado em 2018.