Depois do arranque em Lisboa, no dia 16 de janeiro, a greve de 24 horas, a todo o serviço, com incidência distrital, tem o dia 1 de fevereiro reservado para o distrito de Santarém. O conjunto de 18 greves por distrito do continente foi convocado por um conjunto de oito organizações sindicais que vêm convergindo no desenvolvimento de diferentes ações de luta.
O dia de luta no distrito de Santarém, começa, esta quarta-feira, dia 1 de fevereiro, pelas 08h00, com uma concentração de professores dos Agrupamentos de Escolas de Abrantes, na Rotunda da Liberdade (liga a Avª Forças Armadas à Avª 25 de Abril), seguindo-se, às 08h30, um cordão humano entre a Escola Secundária Jacome Ratton a EB 2,3 D. Nuno Álvares Pereira, em Tomar.
Também para as 08h30 está agendada uma concentração na Escola Secundária Dr. Augusto César da Silva Ferreira, seguida de desfile, com passagem pelos Agrupamentos de Escolas Marinhas do Sal e Fernando Casimiro Pereira da Silva em Rio Maior, e que irá terminar em frente ao Município de Rio Maior. A partir das 11h00, todos os docentes do distrito em greve, juntar-se-ão em Santarém, no Largo do Seminário, onde haverá intervenções a cargo das organizações sindicais.
Os professores contestam as propostas apresentadas pelo Ministério da Educação no âmbito da negociação da revisão do regime de colocação e recrutamento de pessoal docente e reivindicam também soluções para problemas mais antigos, relacionados com as condições de trabalho e atualizações salariais.

Professores em protesto reivindicam melhores condições de trabalho
Depois da grande adesão dos professores em dezembro à greve decretada pelo STOP, um sindicato criado apenas em 2018 e que tinha pouca expressão nacional, e do sinal dado no sábado passado por mais de 100 mil professores nas ruas de Lisboa, as principais organizações sindicais – que no mês passado consideraram não ser o “momento adequado” para uma greve por decorrer ainda o processo negocial com o Ministério da Educação sobre o regime de concursos –, decidiram avançar com uma paralisação geral durante 18 dias, a ser realizada em dias diferentes, por distritos.
Esta greve, convocada pela FENPROF, ASPL, Pró-Ordem, SEPLEU, SINAPE, SINDEP, SIPE e SPLIU, teve início no dia 16 de janeiro, em Lisboa, e irá terminar a 8 de fevereiro no Porto, realizando-se paralelamente às duas outras já em curso: a greve por tempo indeterminado convocada pelo STOP – Sindicato de Todos os Profissionais da Educação, que se iniciou em 9 de dezembro, e a greve ao primeiro tempo de aulas convocada pelo SIPE até ao dia 8 de fevereiro.
Qualquer professor poderá fazer greve nos dias em que entender enquanto decorrer o protesto convocado pelo STOP mas a paralisação geral, unindo todos os sindicatos, vai acontecer no distrito de Santarém a 1 de fevereiro – onde se integram 11 dos 13 concelhos do Médio Tejo. No caso de Sertã e Vila de Rei, no distrito de Castelo Branco, a greve aconteceu a 23 de janeiro.

Os professores contestam as propostas apresentadas pelo Ministério da Educação no âmbito da negociação da revisão do regime de colocação e recrutamento de pessoal docente e reivindicam também soluções para problemas mais antigos, relacionados com as condições de trabalho e atualizações salariais.
Desde dezembro, muitas famílias têm acumulado faltas injustificadas no trabalho por não terem alternativa quando os filhos ficam sem aulas. A Confederação Nacional das Associações de Pais (CONFAP) exigiu já ao Governo que decrete serviços mínimos nas escolas e que justifique as faltas de quem tenha filhos menores de 12 anos.

*Com Lusa.