Publicado emGavião, Turismo

Gavião Nature Village exalta gastronomia local com sável e peixe do rio

Durante dois meses, fevereiro e março, a tradição de se confecionar o sável, peixe do rio Tejo, mantém-se viva nesta iniciativa do Gavião Nature Village. Créditos: mediotejo.net

Para honrar a tradição, é tempo de sável em Gavião. Durante dois meses, fevereiro e março – embora a iniciativa tenha arrancado no último fim de semana de janeiro – a tradição de se confecionar o sável, peixe do rio Tejo, mantém-se viva nesta iniciativa do Gavião Nature Village.

Há séculos que as gentes ribeirinhas mostram que os peculiares peixes do rio podem resultar em saborosos petiscos. Mas os segredos da confeção do pescado de água doce não são para todos, é obrigatório dominar a técnica para ser servido praticamente sem espinhas e desprovido do característico sabor a lodo.

O Gavião Nature Village avança agora com um menu de inverno onde dá destaque ao sável, durante os meses de fevereiro e março.

Trata-se, então, de uma iniciativa gastronómica, destinada a quem queira descobrir o sabor do peixe do rio ou aos apreciadores desta iguaria – embora o menu do restaurante Cadafaz também disponibilize fritada de peixe que inclui sável, lúcio perca e barbo – numa homenagem os sabores ribeirinhos, mas, particularmente, à relevância do maior rio da Península Ibérica também na vida das populações desta região do Alto Alentejo.

Degustar achigã é igualmente uma possibilidade mas apenas sob encomenda, tendo em conta a disponibilidade do peixe fresco e do pescador.

Durante dois meses, fevereiro e março, a tradição de se confecionar o sável, peixe do rio Tejo, mantém-se viva nesta iniciativa do Gavião Nature Village. Créditos: mediotejo.net

Espécie autóctone do Tejo – já apreciada pelos romanos, há mesmo um poeta latino, Ausónio, que lhe dedicou uma receita –, trata-se de um peixe de carne extremamente delicada, algo gorda e particularmente saborosa que a cozinha do Cadafaz propõe frito com açorda de ovas, por 15 euros. Restaurante do empreendimento turístico construído num terreno com elevação – e que assinala um ano no dia 19 de março – do qual se avista o castelo de Belver, a vila na margem norte do rio que divide o concelho de Gavião.

A iniciativa “assenta na nossa filosofia do fresco e local, onde pretendemos contribuir com produtos autênticos, e com o devido respeito pelos ciclos naturais de crescimento bem como com uma economia local forte e viável”, explica Sílvia Ferreira-Campos, diretora do glamping.

“Nesta altura o nosso fornecedor já consegue assegurar o sável com regularidade e é nesta fase que se apresenta mais saboroso, começa a desovar”, refere, por seu lado, Fernando Couteiro um dos proprietários do Gavião Nature Village.

Durante dois meses, fevereiro e março, a tradição de se confecionar o sável, peixe do rio Tejo, mantém-se viva nesta iniciativa do Gavião Nature Village. Créditos: mediotejo.net

Assim, em época de sável, “queremos honrar a tradição, e por isso enquanto estiver em estação e fresquinho, que nos chega pelas mãos dos pescadores, encontrará sável frito com açorda de ovas” em Gavião, acrescenta Sílvia Ferreira-Campos.

“Os produtos locais tem um lugar muito especial a nossa mesa, como suporte à economia local com um destaque especial para os queijos e a charcutaria da região sempre acompanhados de vinhos generosos, no sentido de promover um turismo sustentável”, reforça.

Entre as iguarias de inverno contam-se ainda pão caseiro de castanha e noz e para quem preferir carne; lagartinhos de porco ibérico ou coelho à caçador. Para os gulosos não falta a tradicional sericaia alentejana, o pão de rala, pavlova com frutos vermelhos ou crumble de maçã.

Para os gulosos não falta a tradicional sericaia alentejana, o pão de rala ou pavlova com frutos vermelhos ou crumble de maçã. Créditos: mediotejo.net

As expectativas para o próximo verão “são elevadas. No ano passado, durante a época alta, foi bom, este ano esperamos que seja melhor”, afirma Fernando.

Além além das tendas glamping e dos bungalows, da piscina, da pequena quinta com animais, o empreendimento turístico conta também com uma horta de onde saem os legumes diretamente para a mesa do cliente, designadamente para as sopas. “O objetivo é que seja uma cozinha sustentável”, vinca o empresário.

Gavião Nature Village. Créditos: mediotejo.net

Nessa preocupação com o ambiente, um dos projetos do Gavião Nature Village passa por proporcionar aos clientes a possibilidade de plantarem uma árvore, atividade que podem fazer este mês de fevereiro durante o programa dedicado à celebração do amor.

Paula Mourato

A sua formação é jurídica mas, por sorte, o jornalismo caiu-lhe no colo há mais de 20 anos e nunca mais o largou. É normal ser do contra, talvez também por isso tenha um caminho feito ao contrário: iniciação no nacional, quem sabe terminar no regional. Começou na rádio TSF, depois passou para o Diário de Notícias, uma década mais tarde apostou na economia de Macau como ponte de Portugal para a China. Após uma vida inteira na capital, regressou em 2015 a Abrantes. Gosta de viver no campo, quer para a filha a qualidade de vida da ruralidade e se for possível dedicar-se a contar histórias.

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Gavião Nature Village exalta gastronomia local com sável e peixe do rio

Durante dois meses, fevereiro e março, a tradição de se confecionar o sável, peixe do rio Tejo, mantém-se viva nesta iniciativa do Gavião Nature Village. Créditos: mediotejo.net

Para honrar a tradição, é tempo de sável em Gavião. Durante dois meses, fevereiro e março – embora a iniciativa tenha arrancado no último fim de semana de janeiro – a tradição de se confecionar o sável, peixe do rio Tejo, mantém-se viva nesta iniciativa do Gavião Nature Village.

Há séculos que as gentes ribeirinhas mostram que os peculiares peixes do rio podem resultar em saborosos petiscos. Mas os segredos da confeção do pescado de água doce não são para todos, é obrigatório dominar a técnica para ser servido praticamente sem espinhas e desprovido do característico sabor a lodo.

O Gavião Nature Village avança agora com um menu de inverno onde dá destaque ao sável, durante os meses de fevereiro e março.

Trata-se, então, de uma iniciativa gastronómica, destinada a quem queira descobrir o sabor do peixe do rio ou aos apreciadores desta iguaria – embora o menu do restaurante Cadafaz também disponibilize fritada de peixe que inclui sável, lúcio perca e barbo – numa homenagem os sabores ribeirinhos, mas, particularmente, à relevância do maior rio da Península Ibérica também na vida das populações desta região do Alto Alentejo.

Degustar achigã é igualmente uma possibilidade mas apenas sob encomenda, tendo em conta a disponibilidade do peixe fresco e do pescador.

Durante dois meses, fevereiro e março, a tradição de se confecionar o sável, peixe do rio Tejo, mantém-se viva nesta iniciativa do Gavião Nature Village. Créditos: mediotejo.net

Espécie autóctone do Tejo – já apreciada pelos romanos, há mesmo um poeta latino, Ausónio, que lhe dedicou uma receita –, trata-se de um peixe de carne extremamente delicada, algo gorda e particularmente saborosa que a cozinha do Cadafaz propõe frito com açorda de ovas, por 15 euros. Restaurante do empreendimento turístico construído num terreno com elevação – e que assinala um ano no dia 19 de março – do qual se avista o castelo de Belver, a vila na margem norte do rio que divide o concelho de Gavião.

A iniciativa “assenta na nossa filosofia do fresco e local, onde pretendemos contribuir com produtos autênticos, e com o devido respeito pelos ciclos naturais de crescimento bem como com uma economia local forte e viável”, explica Sílvia Ferreira-Campos, diretora do glamping.

“Nesta altura o nosso fornecedor já consegue assegurar o sável com regularidade e é nesta fase que se apresenta mais saboroso, começa a desovar”, refere, por seu lado, Fernando Couteiro um dos proprietários do Gavião Nature Village.

Durante dois meses, fevereiro e março, a tradição de se confecionar o sável, peixe do rio Tejo, mantém-se viva nesta iniciativa do Gavião Nature Village. Créditos: mediotejo.net

Assim, em época de sável, “queremos honrar a tradição, e por isso enquanto estiver em estação e fresquinho, que nos chega pelas mãos dos pescadores, encontrará sável frito com açorda de ovas” em Gavião, acrescenta Sílvia Ferreira-Campos.

“Os produtos locais tem um lugar muito especial a nossa mesa, como suporte à economia local com um destaque especial para os queijos e a charcutaria da região sempre acompanhados de vinhos generosos, no sentido de promover um turismo sustentável”, reforça.

Entre as iguarias de inverno contam-se ainda pão caseiro de castanha e noz e para quem preferir carne; lagartinhos de porco ibérico ou coelho à caçador. Para os gulosos não falta a tradicional sericaia alentejana, o pão de rala, pavlova com frutos vermelhos ou crumble de maçã.

Para os gulosos não falta a tradicional sericaia alentejana, o pão de rala ou pavlova com frutos vermelhos ou crumble de maçã. Créditos: mediotejo.net

As expectativas para o próximo verão “são elevadas. No ano passado, durante a época alta, foi bom, este ano esperamos que seja melhor”, afirma Fernando.

Além além das tendas glamping e dos bungalows, da piscina, da pequena quinta com animais, o empreendimento turístico conta também com uma horta de onde saem os legumes diretamente para a mesa do cliente, designadamente para as sopas. “O objetivo é que seja uma cozinha sustentável”, vinca o empresário.

Gavião Nature Village. Créditos: mediotejo.net

Nessa preocupação com o ambiente, um dos projetos do Gavião Nature Village passa por proporcionar aos clientes a possibilidade de plantarem uma árvore, atividade que podem fazer este mês de fevereiro durante o programa dedicado à celebração do amor.

Paula Mourato

A sua formação é jurídica mas, por sorte, o jornalismo caiu-lhe no colo há mais de 20 anos e nunca mais o largou. É normal ser do contra, talvez também por isso tenha um caminho feito ao contrário: iniciação no nacional, quem sabe terminar no regional. Começou na rádio TSF, depois passou para o Diário de Notícias, uma década mais tarde apostou na economia de Macau como ponte de Portugal para a China. Após uma vida inteira na capital, regressou em 2015 a Abrantes. Gosta de viver no campo, quer para a filha a qualidade de vida da ruralidade e se for possível dedicar-se a contar histórias.

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