Com a abstenção dos dois vereadores da coligação PSD-CDS, a maioria socialista na Câmara Municipal de Ferreira do Zêzere aprovou em reunião de executivo o orçamento para 2022 no valor de 9.7 milhões de euros (ME), menos cerca de 100 mil euros do que o aprovado para o ano em curso (9.8 ME)
Logo a abrir o debate o Presidente Bruno Gomes (PS) disse tratar-se de um orçamento “condicionado”, “castrado”, “o possível” na medida em que há um conjunto de obras que não são comparticipadas o que retira capacidade de investimento ao Município. Refere ainda a crise energética, a não aprovação do orçamento de Estado, a falta de materiais e a falta de mão de obra, problemas que condicionaram a elaboração do orçamento municipal.
Referiu ainda a questão do aumento do preço base das empreitadas que em alguns municípios chega aos 40%. “É o orçamento possível” também porque falta saber o saldo que vai transitar para 2022.
Em 2022 o Município executar as obras do Plano de Ação para a Regeneração Urbana, que espera virem a enquadrar em candidaturas ao Portugal 2030. Está previsto o arranque da requalificação de Espaço Público na Rua Eduardo Mota, na Rua da Fonte Ferreira e Rua de São Miguel, além da Conservação e Manutenção de Vias Municipais.
Bruno Gomes considera que é fundamental captar financiamento comunitário para estas e outras obras. “É muito difícil avançar com mais obras sem dinheiro”, argumenta.
O vereador Orlando Patrício (PS) interveio para sublinhar também as condições e os condicionamentos na elaboração do orçamento que caracterizou ser “de continuidade”, num Executivo que está em funções há pouco mais de dois meses.
Por seu turno, a vereadora Ana Elisabete Pereira (PS) deu conta das incertezas quanto à transferência de competências e que condicionam as áreas da sua responsabilidade: saúde, educação e ação social.
Do lado da oposição, o vereador Hugo Azevedo (coligação PSD-CDS) disse tratar-se “de uma cópia alterada do orçamento anterior, mas uma cópia para pior”. Reconhecendo que a falta de tempo e de preparação do novo Executivo tenha condicionado a elaboração do orçamento, critica a “falta de estratégia a longo prazo”. “Muitas intenções, pouca obra”, resumiu.
Este é um dos assuntos que está agendado para a sessão da Assembleia Municipal marcada para dia 30.
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