O concurso público para o investimento de cerca de 7 milhões, que pretende uma melhoria das acessibilidades entre as estruturas logísticas e a rede rodoviária nacional, já foi lançado pela Infraestruturas de Portugal. A informação foi avançada pelo presidente do Município do Entroncamento esta segunda-feira.
“Tenho já a informação concreta de que a empreitada por parte da IP para a construção da ligação das zonas industriais e de logística do Entroncamento e de Riachos já foi lançada”, anunciou Jorge Faria, presidente da autarquia entroncamentense, em sessão extraordinária do executivo camarário esta segunda-feira, 29 de novembro.
Com um investimento global na ordem dos sete milhões de euros, valor “mais baixo do que aquilo que estávamos à espera”, o edil entroncamentense espera que o concurso público não fique deserto, tendo em conta o cenário atual na construção civil nacional, em que a procura por estes serviços supera a capacidade de oferta e mão-de-obra.
Recorde-se que este investimento tem como principais objetivos o “aproximar a zona Industrial e tecnologia dos eixos que constituem a malha fundamental para o transporte de pessoas e mercadorias, nomeadamente no acesso ao litoral e à Europa através da A23, a resolução dos problemas de fluidez de tráfego de e para a A23, a partir das diversas plataformas logísticas e áreas industriais, a melhoria das condições de segurança rodoviária, e promover a articulação eficaz com as linhas férreas do Norte e da Beira Baixa”.
Um investimento “muito importante para a região”, conforme sublinha Jorge Faria, pois permitirá “uma ligação mais fácil entre a estrutura ferroviária e as zonas industriais do Entroncamento e dos Riachos à A23”.
“Entendemos que é um investimento muito importante, até mesmo para facilitar o transporte de mercadorias e contentores”, acrescenta, em declarações ao mediotejo.net.
ÁUDIO | Presidente do Município do Entroncamento
De acordo com o compromisso assumido em 2018, 85% do investimento será assumido pela Infraestruturas de Portugal, ficando os restantes 15% a cargo dos Municípios do Entroncamento e de Torres Novas. Também aos municípios cabem as respetivas expropriações de terrenos, tendo a autarquia entroncamentense previstos 90 mil euros para essa finalidade.
“Tenho a expectativa de que nós não paguemos os 15% do financiamento municipal, porque inicialmente este investimento não era financiável pelos fundos do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR). Agora, terá sido um dos investimentos que terá sido incluído no PRR, Se financiar a 100%, não teremos de pagar os 15%”, afirma Jorge Faria. “Tudo o que vier nessa matéria será ganho”, conclui.