Na semana em que o governo levantou muitas das restrições que têm marcado o nosso dia-a-dia nos últimos dois anos, as estatísticas comprovam que a onda de propagação da variante Ómicron prossegue a sua curva descendente.
Neste momento, os valores aproximam-se já dos registados antes do Natal, quando o número de casos de covid-19 começou a ganhar proporções mais alarmantes.
Contudo, a incidência na região continua ainda elevada, com Vila Nova da Barquinha a ocupar agora o primeiro lugar nesta tabela de risco, com 4.557 casos por cada 100 mil habitantes.
Os internamentos na Unidade de Cuidados Intensivos do Centro Hospitalar do Médio Tejo continuam estabilizados.
Quanto ao número de óbitos, verificou-se uma subida significativa na última semana (+28), o que representa quase 40% dos óbitos registados nos últimos três meses. Contudo, não é certo que essas mortes tenham ocorrido todas nestes últimos dias, podendo ter existido, como já sucedeu no passado, uma atualização de casos acumulados em semanas anteriores.
Certo é que, somando os casos verificados entre 1 de dezembro de 2021 e 20 de fevereiro de 2022, contabilizam-se 67 mortes, quando em período homólogo (2020/2021) se registaram 310 óbitos.
O governo admite, porém, que o número de mortes por covid-19 a nível nacional “ainda é muito elevado”, como explicou na passada quinta-feira a ministra Mariana Vieira da Silva, e esse é o factor que não permite levantar a totalidade das medidas de controlo da pandemia.
“Temos hoje 63 mortes por 100 mil habitantes a cada 14 dias e a meta definida pelos peritos, e que o Governo seguirá, é de poder apenas passar para o nível sem restrições quando atingirmos as 20 mortes a 14 dias por 100 mil habitantes, indicador do qual ainda estamos algo distantes”, afirmou a governante.
NOTÍCIA RELACIONADA
Covid-19 | Governo alivia restrições: “É um novo passo para o regresso à vida normal”