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A Confraria do Bucho e Tripas viveu um dos seus grandiosos dias no sábado, dia 20 de maio, concretizando o segundo ato oficial, cerimónia que, além de entronizar três novos confrades na Igreja de Santa Luzia, num momento conduzido pelo padre Adelino Cardoso, renovou o compromisso desta Confraria para manter uma voz ativa na defesa da gastronomia, do artesanato e dos produtos típicos da Aldeia das Casas Baixas.

O dia acordou nublado, mas depressa se encheu de cor com a presença de duas dezenas de confrarias de norte a sul do país e das ilhas a responderem ao convite da Confraria do Bucho e Tripas do Pego para a sua segunda cerimónia oficial, o II Capítulo de Entronização de novos Confrades e Confrades de Honra.

Depois de um pequeno-almoço e receção de mesas postas, a todas as confrarias e convidados, onde não faltaram produtos regionais e receitas típicas dos salgados, à doçaria, e até às frutas da época, e claro, sendo servidos rissóis de bucho e tripas, bucho e tripas e outros derivados a fazer lembrar o receituário da tradicional matança do porco combinado com o pão caseiro.

Este foi um dia vivido intensamente, à boa moda do Pego, e por isso “um dia muito especial” para a Confraria e para a aldeia, com a família a aumentar com o entronizar de novos confrades, e com isso a angariarem mais pessoas no compromisso de promover o bucho e tripas, conforme relevou a Grão-Mestre Daniela Canha.

ÁUDIO | Grão-Mestre Daniela Canha, da Confraria do Bucho e Tripas do Pego

Na ocasião, não foram esquecidos aqueles que foram dando de si e do teu tempo em prol da dinamização e promoção da cultura pegacha. Foi feito um minuto de silêncio em homenagem ao confrade e porta estandarte Joaquim Gonçalves, carinhosamente lembrado por todos, e que faleceu em março deste ano, situação que levou a Confraria a adiar o II Capítulo, fazendo o luto.

Antes, já a cerimónia tinha começado com os presentes de olhos rasos de água, e muitas lágrimas foram escorrendo pelo rosto da maioria, pelo muito orgulho não só nas insígnias trazidas ao peito, como pelo carregar de uma identidade peculiar de forma muito honrada por todos, com jovens da Escola de Música da localidade a entoarem uma apresentação de um hino à Aldeia das Casas Baixas, escrito por Manuel Castanho, que ali foi aplaudida e a todos sensibilizou.

Pela mão da Grão-Mestre Daniela Canha e do Chanceler-Mor António Moedas, passou-se à entronização de novos confrades, passando mais três a integrar esta força associativa. João Seixas Carlos, 79 anos, aposentado e natural do Fundão, Palmira Oliveira Moedas, 65 anos, aposentada e natural do Pego, e Paulo Moedas, 54 anos, responsável de loja e natural do Pego responderam em juramento numa igreja repleta.

“- Ao que vindes?

– Ao bucho e tripas.

– E é com intenção de ajudar a Confraria a preservar a tradição do bucho e tripa e outras tradições pegachas que o fazeis?

– Sim.

– Se o é, então que seja.”

E de seguida, prestando juramento, passa-se à fase final da entronização.

“Juras em consciência e honra defender em qualquer momento ou lugar a gastronomia do Pego. Juras defender as tradições, costumes e produtos da nossa aldeia. Juras ainda manter uma relação de fraternidade, amizade e respeito entre todos os confrades. Juras promover o bucho e tripas nem que, para isso, faças da tripas coração.”

Uma vez jurado, o Chanceler-Mor avança.

“Se o juras, pelos poderes que me foram confiados, entronizo-te e dou-te poderes para representares a Confraria do Bucho e Tripas”, tocando com o bastão nos ombros dos recém-confrades, que recebem um diploma da mão da Grão-Mestre e passam a assinar o Livro de Honra.

Também foram entronizados, em jeito de homenagem, os Confrades de Honra. “O motivo desta entronização é o reconhecimento público do seu trabalho e das suas famílias em prol do bucho e tripas e em prol do Pego, e o pilar fundamental da nossa fundação enquanto confraria”, conforme indicou Patrícia Seixas, a Mestre de Cerimónias da confraria, que foi guiando a cerimónia solene a par do pároco Adelino Cardoso.

Lembrando que “o Pego é a casa de petiscos do concelho de Abrantes”, referiu que “já foram muitas as casas de petiscos que tiveram portas abertas para receber os convivas principalmente nas tarde e noites de quarta-feira, as chamadas Quartas-Feiras do Bucho”, e chegaram a ser cerca de 30 as tabernas e casas de pasto que angariavam clientes, amigos e adeptos vindos de todos os pontos do país.

“Está na hora de prestar homenagem a quem, durante décadas, elevou o nome do Pego por esse país fora e mais além. As nossas mais tradicionais e representativas casas de petisco que a partir de hoje se tornam também família como Confrades de Honra. Pelo seu contributo na preservação e divulgação do bucho e tripas”, concluiu.

A primeira Confrade de Honra a ser entronizada foi Elisabete Marcão, em representação da casa de petiscos da sua família, a Petisqueira do Pego, ainda em atividade e que tem passado de geração em geração desde o tempo dos avós.

Seguiu-se Isaltina Sousa, representando a Casa Ti’ Beatriz, com alvará de 1979 mas tendo já antecedentes familiares neste âmbito. Ti’Beatriz deu início a uma das mais caraterísticas casas de bucho e tripas, com os convivas a juntarem-se no quintal, debaixo de uma latada, e por todos ainda lembrada.

João Marques juntou-se às conterrâneas, em representação da casa de família, o Ti’ Pedro. O alvará data de 1936, dizendo respeito à atividade de uma das mais conhecidas casas de petisco do Pego, que começou antes, com os avós do representante. Mas foi pela mão do pai, Ti’ Pedro, que a casa ganhou fama. Passaram cinco gerações pelo balcão, e há ainda esperança que o espaço volte a estar de portas abertas, tendo sido deixado o repto para que o ‘herdeiro’ possa reativar o legado.

Conceição Vilhais, conhecida por todos como Dona São ou a “Benta”, esteve em representação da casa O Bento, sendo considerada a alma daquela casa de petiscos. O estabelecimento data de 1930, segundo o primeiro alvará, e já vai na quinta geração, que ajuda no serviço.

Claudino Mourisco representou a casa de petiscos de nome próprio, Claudino, onde também serviu a falecida irmã Ti’ Jacinta, ali recordada. Integrava o roteiro de casas de petisco à quarta-feira, até porque era também um talho, e permitia aos convivas escolher o que queriam comer. Depois cada um se socorria do assador e desenrascava-se como podia. Entre as múltiplas memórias e histórias, consta que não se podia tirar os olhos do grelhador nem da carne que estava a assar…

Perante a entronização e homenagem aos Confrades de Honra, a Confraria levanta-se para se dobrar, tirando o chapéu, agradecendo com um sonante “Obrigado”, dito em uníssono.

Estiveram presentes 21 confrarias de norte a sul do país, e ainda o representante da Federação Portuguesa das Confrarias Gastronómicas, o presidente Alcides Nóbrega, também presidente da Confraria Etnogastronómica da Ilha da Madeira. A Confraria do Bucho e Tripas ainda está no processo de se tornar associada da federação nacional.

A confraria pegacha, fundada em 2018, tem como Grão-Mestre Daniela Canha, uma jovem ativa na comunidade e que se manteve bastante emocionada durante toda a cerimónia, nunca deixando passar a oportunidade de demonstrar muita gratidão a todos quantos se envolvem e envolveram na dinâmica desta confraria e que contribuíram para a preservação do património e identidade pegachos que hoje ali são relevados e celebrados.

Entre os muitos agradecimentos à Junta de freguesia do Pego e ao Município de Abrantes, bem como a todas as associações do Pego, deixou especial agradecimento ao parceiro Rancho Folclórico da Casa do Povo do Pego, responsável pela animação e acompanhamento de toda a cerimónia e almoço e que completa 70 anos de atividade.

“Talvez para muitas de vocês que já andam nisto há muito tempo, pode ser só mais um [evento], mas para nós… Não temos palavras o que é ver esta casa e esta terra hoje cheia de pessoas. E ver aqui confrarias que nós visitámos desde 2018, e termos o prazer de as receber na nossa terra e de virem realmente provar o nosso bucho e tripas. Obrigada”, disse Daniela Canha dirigindo-se às confrarias convidadas.

Estiveram ali 21 a demonstrar o apoio à mais recente irmandade dedicada à preservação, promoção e divulgação da gastronomia típica.

Desde a Confraria do Cabrito Estonado de Oleiros, Confraria da Caldeirada do Peixe e do Camarão de Espinho, Confraria do Frango do Campo (Oliveira de Frades), Confraria do Carneiro e das Sopas de Verde (Leiria), Confraria dos Bolos Doces, Licores e Aguardentes de Ervedal da Beira (Oliveira do Hospital), Confraria do Arroz Doce de Maiorca (Figueira da Foz), Confraria do Frango na Púcara (Alcobaça), Confraria do Frango da Guia (Albufeira), Confraria Gastronómica do Galo de Barcelos, Confraria do Queijo Rabaçal (Penela), Confraria da Marmelada de Odivelas, Confraria da Enguia de Salvaterra de Magos, Confraria do Ungulados, Javali e Castanha (Miranda do Corvo), Confraria da Sopa do Vidreiro da Marinha Grande, Confraria do Torresmo Beirão de Vila Franca da Beira, Confraria da Pastinaca (Cherovia) e do Pastel de Molho da Covilhã, Real Confraria da Amêndoa de Portugal (Vila Nova de Foz Côa), Confraria do Atum de Vila Real de Santo António, Confraria da Lampreia de Entre os Rios (Penafiel) e a Confraria do Leitão da Bairrada (Sangalhos, Aveiro) sendo estes últimos os padrinhos dos confrades da Confraria do Bucho e Tripas do Pego.

O padre Adelino Cardoso voltou a conduzir a cerimónia religiosa na bem apetrechada e condizente com as cores típicas, azul e amarelo, Igreja de Santa Luzia, do Pego. Passou-se à bênção das insígnias, com os presentes a associarem-se à oração.

“É uma alegria enorme ver aqui tanta confraria de comida, é ótimo. E também o bom trabalho que está a ser feito pela confraria do Pego, sem dúvida, os meus parabéns. Sinto-me até pequeno diante de gente tão culta e tão particularmente a nível da gastronomia. Há aí várias coisas que já provei, mas há muitas que ainda não”, disse o pároco, aludindo ser difícil escolher entre as múltiplas iguarias representadas da gastronomia tipicamente portuguesa.

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Falando nos “bons petiscos” do Pego, mas assumindo ainda não ter sido convencido pelo bucho e tripa, frisou que todos ali estariam “por algo nobre”, que passa por “defender o nosso património”.

“Promover aquilo que temos de bom, é para isso que existem as confrarias, para por um lado conservar, mas por outro lado também tentar promover e divulgar aquilo que de bom existe. Por isso desempenham um papel muito, muito importante no património nacional, mas também no património local. E quando uma confraria vai a outro lugar, é exatamente uma embaixada dessa mesma terra”, acrescentou Adelino Cardoso.

O padre reconheceu ainda que todos ali estavam “de forma muito primorosa, bem aprumados” e que “isso é fundamental, termos gosto em estarmos bem, porque é um património que nós levamos”, pois “estas confrarias são cultura-viva e que levam essa mesma cultura a outros lugares e aos outros”.

Salientou o trabalho em rede entre o movimento associativo pegacho, frisando que, com isso, o Pego sai vencedor.

Também Alcides Nóbrega, presidente da Federação Portuguesa das Confrarias Gastronómicas, também presidente da Confraria Etnogastronómica da Ilha da Madeira, realçou o apego ao Pego… se bem que depressa foi corrigido pela pronúncia e entoação com que mencionou a localidade, uma vez que é muito confundida com “Pêgo”, e por si só, este momento peculiar e a correção feita conjuntamente, só reforçaram tudo o que seria relevado na cerimónia acerca do património, modo de ser e estar e cultura desta localidade abrantina.

Realçou a defesa da terra feita “com alma e coração”, indicando que esse movimento “tem futuro”. E apesar de a Confraria do Pego ainda não ser federada, o presidente disse esperar que tal possa acontecer até ao III Capítulo, para que possam dar um novo contributo. “Queremos gente que pense diferente, que possa dar uma mexida também na panela que é a Federação, porque ela precisa de facto de ser mexida para representar mais e melhor Portugal”, mencionou, sublinhando o reconhecimento às pessoas que permitem manter a tradição nos dias que correm como um dos momentos mais importantes do dia.

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ÁUDIO | Alcides Nóbrega, presidente da Federação Portuguesa das Confrarias Gastronómicas

“Isso é um dos objetivos da Federação, no próximo ano, lançar o Dia da Federação, sendo um dos pontos fundamentais o reconhecer um conjunto de pessoas do país que estão escondidas, tal como as que foram homenageadas aqui, porque tudo fazem para que Portugal mantenha esta chama acesa, esta dinâmica, este peso na nossa economia, que é a gastronomia e os vinhos, um património riquíssimo e que nós não podemos, de forma nenhuma, entregar a mãos alheias. As confrarias têm uma responsabilidade enorme e queremos reconhecer um conjunto de pessoas, em especial mulheres deste país, que estão na base daquilo que é hoje a gastronomia portuguesa, em especial na parte da doçaria”, indicou.

Alcides Nóbrega defendeu que “Portugal tem uma dívida muito grande com um conjunto de mulheres que estão na base da gastronomia, e essas pessoas têm que ser reconhecidas”, insistiu, referindo que se irá solicitar nomes às confrarias do país para que indiquem quem merece não ser esquecido. Ideia esta que foi fortemente aplaudida, nomeadamente por Daniela Canha, Grão-Mestre da Confraria pegacha.

Depois, não cabendo em si de orgulho, Bia Salgueiro, presidente da Junta de Freguesia do Pego, fez um discurso efusivo, bastante alegre e com muitas palavras de incentivo à sua terra, às suas gentes, dirigindo-se aos seus conterrâneos de forma elogiosa pelo espírito e união que lhe são caraterísticos. Tal como a “língua Pegacha” com dizeres e conceitos muito próprios num dialeto preservado e passado entre gerações.

“É com imenso orgulho e com imenso gosto, e alguma emoção, que vemos a nossa Igreja tão cheia, tão bela, com tantas cores”, disse, referindo-se à representação de cada local do país. “Falamos e levamos o nosso Pego a tanto lado, com tanto orgulho, com tanto gosto. Temos um orgulho imenso em falar a nossa língua pegacha e em dizer que somos pegachos”, frisou, agradecendo “aos azuis e amarelos” da Confraria do Bucho e Tripas.

ÁUDIO | Presidente de Junta do Pego, Bia Salgueiro

“Nós todos juntos, com as nossas associações e com todas as nossas pessoas podemos fazer muito mais”, referiu, demonstrando apoio da Junta de freguesia para tal. “Se nos ajudarmos uns aos outros, se estivermos todos unidos, o nosso Pego é lindo. E temos de ter orgulho, e dizê-lo, para que todas as pessoas saibam que gostamos de acolher e receber bem, e dar a conhecer e provar a nossa gastronomia e os nossos petiscos”, notou.

Falando do bucho e tripas, “famoso em todo o lado”, Bia Salgueiro deu as boas-vindas a todos, referindo que a junta está de “portas abertas e coração aberto” para desenvolver todas as iniciativas e projetos que entendam.

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“No nosso Pego somos ricos. Não somos uma aldeia rica monetariamente, mas somos uma aldeia rica de pessoas e são essas pessoas que nós queremos no nosso coração, do Pego, para que possam levar o Pego consigo e trazer todos cá”, prosseguiu, dirigindo palavras de incentivo e reconhecimento aos Confrades de Honra, às casas de petisco pegachas.

Incentivando à união em torno deste movimento gastronómico local, e para que se ajude a Confraria a abrir mais portas e levar o nome do Pego mais longe, Bia Salgueiro deu os parabéns e mostrou prontidão e falou em dar as mãos para levar a terra a qualquer canto do mundo.

E numa cerimónia pegacha, Luís Dias, vereador com o pelouro da Cultura na Câmara Municipal de Abrantes, não podia ficar indiferente à sua terra e aos seus.

Visivelmente entusiasmado, emocionado e orgulhoso do trabalho desenvolvido, lembrou os primeiros passos desta coletividade e da vontade dos locais em fazer mais pela sua terra.

“É uma honra, mas também um sinal de reconhecimento com inequívoca gratidão, por tudo aquilo que estas pessoas que estão aqui de azul e amarelo têm feito ao longo destes anos”, disse, referindo o porta estandarte Joaquim Gonçalves, falecido em março, como um exemplo para continuar a seguir.

Já dirigindo-se a Daniela Canha, disse que “o mérito” é da Grão-Mestre, por ter começado a pensar criar este projeto e criar a única confraria no concelho de Abrantes. “Isso ainda mais enobrece e enaltece o feito de juntar estes homens e estas mulheres. É tremendamente importante que nós, também pela singularidade da confraria, e pela importância que tem não só para o turismo, não só para a valorização das artes, tradições, dos sentimentos de pertença, deste orgulho, desta alma, deste bairrismo pegacho, porque nós somos do Pego”, frisou Luís Dias, admitindo ser fã de bucho e tripas, algo que não tem problema de comer a qualquer parte do dia.

Falando do futuro, e mencionando que a Confraria é já “uma bandeira incontornável de Abrantes”, lembrou que há uma Carta Gastronómica do Pego para terminar, e uma Casa Típica para construir mediante o desejo de muitos pegachos, em que pretende promover as artes e tradições, o saber-fazer e promover uma homenagem justa ao povo do Pego.

“Acreditamos piamente no futuro do Pego, tem muito, muito futuro. E costumo apropriar-me de um pensamento de Descartes – gosto muito de filosofia – que é “Penso, Logo Existo”. Mas acho que ele se enganou. Ele queria dizer “Pego, Logo Existo”, concluiu, sendo fortemente aplaudido por esta brincadeira.

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ÁUDIO | Luís Dias, vereador da CM Abrantes com o pelouro da Cultura, também natural do Pego

Reunidos para a foto de família, e embrenhados numa atmosfera muito típica e onde o acolhimento e o bem receber são palavras de ordem, os presentes formaram uma roda na frente da igreja local para também apreciar as modas do Rancho local.

A manhã terminou com cortejo apeado pelas ruas do Pego, de volta ao Largo das Festas e às imediações da Junta de Freguesia, onde se voltaria para uma tarde de convívio e degustação dos sabores e saberes da gastronomia típica do Pego, com um almoço tradicional servido na cave da junta, onde mais tarde se trocariam as lembranças entre a anfitriã e confrarias convidadas que não deixaram de estar presentes neste momento solene, de grande significado para as gentes e cultura pegachas. Orgulhosos da sua sina, não se coíbem de a partilhar com e pelo mundo, pois lá diz o fandango, já que no Pego tiveram que nascer, são pegachos até morrer.

VÍDEOS

Formada em Jornalismo, faz da vida uma compilação de pequenos prazeres, onde não falta a escrita, a leitura, a fotografia, a música. Viciada no verbo Ir, nada supera o gozo de partir à descoberta das terras, das gentes, dos trilhos e da natureza... também por isto continua a crer no jornalismo de proximidade. Já esteve mais longe de forrar as paredes de casa com estantes de livros. Não troca a paz da consciência tranquila e a gargalhada dos seus por nada deste mundo.

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