Créditos: Unsplash

As obras de requalificação a realizar no Colégio Andrade Corvo – num investimento que se prevê de cerca de um milhão de euros a ser assegurado pelo Estado Português – podem já não vir a servir para a expansão da Escola Prática de Polícia mas antes para a criação de um centro de receção, formação e integração de migrantes, deu a conhecer Pedro Ferreira, presidente da Câmara de Torres Novas, na última reunião de Câmara.

Esta questão que envolve o Colégio Andrade Corvo, a Câmara Municipal de Torres Novas e o próprio Governo “tem tido várias movimentações e estamos à espera de mais elementos”, começou por dizer Pedro Ferreira, referindo reuniões com a secretária de Estado da Igualdade e Migrações.

“O Governo entende que os investimentos que estavam previstos fazer no Colégio Andrade Corvo para ampliação da Escola da Polícia prefere fazê-los no próprio espaço da Escola da Polícia, portanto estamos perante uma mudança de posição do Ministério da Administração Interna – ainda não veio formalmente à Câmara porque estamos à espera de ofícios a trocar entre o Ministério da Administração Interna e a Câmara Municipal de Torres Novas – e em vez da ampliação para a Escola da Polícia, haver adaptações para um centro de receção, formação e tentativa de integração no mercado de trabalho de migrantes”, explicou o autarca.

YouTube video
Intervenção de Pedro Ferreira sobre o Colégio Andrade Corvo.

Afirmando que este é um processo “que está a decorrer”, Pedro Ferreira disse não ter ainda muitos elementos para apresentar e que as conversações vão continuar.

Mesmo com uma finalidade diferente, a estratégia do Governo de aproveitar as instalações do Colégio Andrade Corvo sem custos para a autarquia parece manter-se, funcionando a Câmara Municipal apenas como uma ponte entre as duas entidades: o Governo e o Seminário de Santarém, que é a entidade proprietária do Colégio.

Conforme sintetizou o autarca, está assim a ser estudada esta segunda hipótese para eventualmente começar a receber migrantes naquele espaço, de uma forma “organizada”, onde o objetivo passa pelo acolhimento, formação e tentativa de inclusão dos mesmos no mercado de trabalho “que tem lacunas graves de falta de operariado quer na região de Torres Novas, quer na região de Alcanena, quer na região de Santarém”, disse Pedro Ferreira.

Notícia Relacionada

Rafael Ascensão

Licenciado em Ciências da Comunicação e mestre em Jornalismo. Natural de Praia do Ribatejo, Vila Nova da Barquinha, mas com raízes e ligações beirãs, adora a escrita e o jornalismo.

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *