Ao final da tarde desta terça-feira, dia 6 de julho, a coligação “Tomar, Queremos Responder” entre CDS-PP, PPM e MPT, avançou com a apresentação de Francisco Tavares, secretário-geral nacional do CDS-PP, enquanto cabeça de lista à Assembleia Municipal de Tomar, enquanto João Martins, presidente da Concelhia de Tomar do partido, entra na corrida pela União de Freguesias de S. João Baptista e Santa Maria dos Olivais. A sessão reuniu no Jardim da Várzea Pequena, junto ao coreto, mais de uma centena de militantes e simpatizantes, e contou com presença de Francisco Rodrigues dos Santos, líder do CDS-PP.
À Junta de freguesia de S. João Baptista e Santa Maria dos Olivais, será candidato João Martins, tomarense, com 26 anos, e que assumiu este ano a liderança da comissão política concelhia do CDS-PP em Tomar. Assistente social numa IPSS em Alverca, é também tesoureiro do CIRE de Tomar, sendo uma presença conhecida nos meios associativos e de voluntariado da cidade.
João Martins defende que a freguesia urbana precisa “de nova dinâmica, novo ritmo, empenho e grande dedicação, e estabilidade” e que o objetivo da candidatura é “recuperar o tempo perdido”.
ÁUDIO | João Martins, candidato à UF São João Baptista e Santa Maria dos Olivais
“Trabalhar de e para a comunidade a que pertencemos é um dever de todos os cidadãos responsáveis”, afirma o candidato.
João Martins diz candidatar-se em nome de uma equipa “dinâmica, responsável e trabalhadora” que irá trabalhar nas “necessidades prementes” daquele território.
“É necessária uma forte aposta na requalificação urbana, devolvendo a rua aos fregueses. É imperioso voltar a fazer de Tomar uma cidade jardim, com aposta na limpeza e conservação dos espaços verdes, cujo panorama é uma miragem de outrora”, defende.

Por outro lado, crê que se deve criar “uma rede de ação social na freguesia, em articulação com as instituições e que ajude quem mais precisa”, mas entende que também é urgente desenvolver a cultura e desporto, “dinamizando eventos em espaço público e que criem sentimento de comunidade”.
“É necessário que a junta de freguesia seja muito mais do que aquilo que é. Falta visão. Falta trabalho. Falta vontade de inovar ao atual executivo, parado no tempo e nas ideias”, nota, criticando a atual gestão socialista.
João Martins assume o compromisso de levar por diante um projeto feito de “trabalho, dedicação, empenho e lealdade”.
Por seu turno, Francisco Tavares, atual secretário-geral nacional do CDS-PP, que foi responsável pela reativação da Juventude Popular tomarense e que foi vice-presidente da Concelhia do CDS-PP em Tomar, é cabeça de lista à Assembleia Municipal.
O centrista elogiou e reconheceu as qualidades dos candidatos que o acompanham na coligação às eleições autárquicas, comprometendo-se a apoiar para que sejam eleitos em setembro.
ÁUDIO | Francisco Tavares, candidato à Assembleia Municipal de Tomar
Francisco Tavares não deixou de tecer duras críticas às gestões autárquicas das últimas décadas, quer pela mão de “inertes executivos socialistas”, quer por social democratas, que carateriza como tendo “falta de gabarito”.
“Tomar tem sofrido uma falha de massa crítica e de participação preocupantes, que tem perpetuado em cargos decisórios gente manifestamente incompetente, sem ideia de médio-longo prazo para o concelho, o que tem permitido que muitos municípios vizinhos nos tenham ultrapassado a muitos níveis”, critica.
O cabeça de lista à Assembleia Municipal nota ainda que os munícipes desinteressados e desiludidos têm sido responsáveis pela eleição de “gente incapaz” de liderar os destinos do concelho.

Francisco Tavares destaca cinco áreas de atuação fundamentais, desde o desenvolvimento da economia, inverter a quebra da natalidade e decréscimo de população, promover uma estratégia turística integrada que promova as tradições e valorize o património histórico e cultural local, valorização e potenciação da Albufeira de Castelo do Bode, bem como maior valorização do Instituto Politécnico de Tomar, menos burocratização nos processos internos da autarquia e maior transparência.
O candidato diz ser “urgente limpar a casa das técnicas socialistas”.
Reconhecendo que a Assembleia Municipal serve não só de órgão fiscalizador do executivo municipal, mas também de “incubadora de ideias” para o crescimento do concelho e evolução, Francisco Tavares assume que um dos desafios é aproximar a AM à comunidade.
“Comigo à frente da Assembleia Municipal, os tomarenses poderão contar com liderança, transparência, competência, trabalho e criatividade. Contam também comigo para profissionalizar o órgão, acabar com os compadrios, as partidarites, as faltas de educação, e as discussões do acessório”, afirma, acrescentando ser intenção envolver os tomarenses em fóruns e debates públicos para aproximar os políticos dos cidadãos.
Também Fernando Caldas Vieira, candidato à Câmara de Tomar pela coligação e já apresentado oficialmente, também fez notar na sessão o que há em comum entre os candidatos da coligação, referindo que se unem no “amor ao concelho e disponibilidade para servir as pessoas”.

Falando da união da candidatura, diz que a aposta está “no melhoramento do funcionamento das autarquias e facilitar a vida às pessoas e às famílias, e estimular a atividade económica”.
Para o candidato à Câmara de Tomar, a comunidade deve encarar as próximas eleições como “uma oportunidade de envolvimento de todos”.
Presente na iniciativa, demonstrando apoio a esta coligação, esteve Francisco Rodrigues dos Santos, líder do CDS-PP. Depois de enaltecer de forma muito vincada as qualidades dos três candidatos de Tomar, também focou o seu discurso nos problemas e desafios para a liderança dos destinos e desígnios do concelho para o futuro.
ÁUDIO | Francisco Rodrigues dos Santos, líder do CDS-PP
O presidente do partido afirma que o CDS “vai crescer” nas próximas eleições e terá mais autarcas eleitos em 2021 em comparação com 2017. “Vamos reforçar a nossa malha de representação territorial, vamos ter mais autarcas eleitos, vamos crescer e afirmar o CDS como o grande partido da direita popular em Portugal”, sublinha.
Francisco Rodrigues dos Santos deposita confiança nas candidaturas da coligação, e reconhece que “já há uma alternativa para quem não é socialista em Tomar”.

O centrista defende que esta é “uma candidatura forte, que ambiciona vencer, que quer colocar o CDS-PP no mapa de Tomar; mas também quer colocar Tomar no mapa de Portugal como cidade turística, histórica, com património cultural que tem de ser valorizado e promovido, que seja uma alavanca da própria economia da cidade, uma terra de oportunidades onde se crie valor, onde ninguém fique para trás, onde os mais jovens tenham uma saída e não se vejam obrigados a separar-se das suas famílias, procurando outras paragens. E os mais idosos sejam tratados com a dignidade, afetos e respeito que merecem”, conclui, justificando que são tópicos onde se reveem os valores do partido, com tónica na família, no apoio aos mais necessitados, com equipas capazes e programas assertivos para a comunidade.
Na sessão participaram também Pedro Pereira, presidente da Distrital do CDS-PP, e Francisco Camacho, presidente da Juventude Popular, tendo igualmente estado presentes membros de outros quadrantes políticos tomarenses, nomeadamente do PSD.
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