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Fernando Caldas Vieira, tomarense de 64 anos, é o cabeça de lista independente do CDS-PP à Câmara de Tomar, na coligação que o partido está a preparar para as eleições autárquicas enquanto alternativa que dá voz a outros movimentos e grupos de cidadãos. O candidato estreia-se nas lides autárquicas, assumindo o desafio de “passar das palavras aos atos”. Engenheiro e atualmente consultor nas áreas de energia e ambiente, Caldas Vieira falou ao mediotejo.net sobre as linhas do seu projeto de candidatura, com preocupações que vão do desenvolvimento económico ao ambiente e qualidade de vida, bem como o setor da cultura.

Fernando Manuel Caldas Vieira nasceu em Tomar, em 1957. Morou no Castelo de Bode e fez o ensino secundário no Liceu Nacional de Tomar. Casado com a tomarense Ana Paula Pereira, tem uma filha, duas netas e um neto.

Licenciado e Mestre em Engenharia Eletrotécnica, pelo IST, é também Mestre em Política, Economia e Planeamento da Energia, pelo ISEG. Trabalhou durante 36 anos na EDP Gestão da Produção de Eletricidade.

Parte da sua vida profissional foi dedicada a áreas como gestão de resíduos industriais, com participação em organizações europeias. Foi presidente da ECOBA, Associação Europeia dos Produtos da Combustão do Carvão, e do grupo de trabalho “Produtos, resíduos e lixos”, da EURELECTRIC.

Com artigos em publicações da especialidade, participou em vários cursos, seminários e congressos, em Portugal e no estrangeiro. Foi professor voluntário na Universidade Sénior de Tomar, até à suspensão das aulas pela pandemia da covid-19.

Atualmente trabalha como consultor nas áreas de energia e ambiente. É autor da coluna de opinião “Municipalidades”, no jornal O Templário, onde tem abordado vários temas relacionados com o concelho e as autarquias.

Em declarações ao mediotejo.net, Fernando Caldas Vieira referiu que esta será “uma estreia a todos níveis na vida autárquica”, ainda que seja um cidadão interventivo e que acompanha as iniciativas localmente.

“Sempre que posso vou às reuniões de Câmara para assistir como é a dinâmica das reuniões, e sempre que entendo inscrevo-me para participar e pedir esclarecimentos. Tenho sempre dito às pessoas que é uma prática boa para os munícipes, irem às reuniões, conhecerem as pessoas que elegeram e o que defendem”, refere.

Quanto à motivação para a candidatura autárquica, diz que “se pode fazer melhor do que tem sido feito até agora”.

“Dá para fazer muita coisa e até mais do que se tem feito até agora. Tenho esta disponibilidade para participar, e levou-me a ter ideia que tinha obrigação de fazer mais do que falar e dar opiniões”, indica.

ÁUDIO | Fernando Caldas Vieira, candidato independente pelo CDS-PP à Câmara de Tomar

 

O candidato defende o “facilitar a vida às pessoas”, seja por iniciativas que facilitem o seu dia-a-dia, caso da disponibilização de estacionamento, da criação e manutenção de infraestruturas, arruamentos, espaços verdes, e outros.

Por outro lado, entre as preocupações está a contribuição para estimular a atividade económica. “É importante que em Tomar os investidores não se retirem por não terem onde se instalar, por terem um parque empresarial bastante deficiente, a autarquia pode ajudar a encontrar outras condições que necessitam, quer os locais, quer apoiar o estabelecimento, facilitar licenciamentos, até ajudar a identificar financiamentos, melhorar infraestruturas, caso do acesso à Internet”, indica.

Fernando Caldas Vieira defende ainda maior intervenção no setor cultural, referindo que Tomar “tem potencial muito grande, para além dos templários e do Convento de Cristo”.

“Tomar tem uma capacidade de musealização enorme, há muito material arqueológico e até da história da cidade que está em armazéns, e é nosso intuito trazer tudo isso para fora. Há muitos espaços vazios que podem ser aproveitados para a musealização. Na parte da cultura pode-se fazer muita coisa”, defende.

Outras áreas que lhe são caras, ligadas ao seu desempenho profissional, tem a ver com o ambiente, cuja preocupação vai “além das águas do rio Nabão” e dos focos e descargas recorrentes de poluição, estando também virado para “a qualidade do ar e da gestão dos resíduos, da contaminação com origem nas fábricas que estão desativadas no concelho e que podem representar focos de poluição a que temos de estar muito atentos para exigir o seu controlo e a sua contenção”.

Quanto a expectativas, Caldas Vieira refere ter chegado a entendimento com o CDS-PP de Tomar sobre as prioridades para o concelho, e assume conhecer que os últimos resultados não foram muito bons nas anteriores eleições autárquicas.

“Eu acredito que isso se possa alterar e depende da vontade dos eleitores, naturalmente. Não sei se vamos ter um, dois, três ou quatro vereadores. Não sei se vamos ter muitos ou poucos representantes na Assembleia Municipal. Não sei como vai ser nas freguesias. O que sei é que todas as pessoas que forem eleitas pelo CDS-PP estão prontas, capacitadas e são competentes para exercer os seus cargos. Os eleitores podem confiar em nós, não serão votos perdidos. E estamos capazes e queremos responder aos desafios que se impõem à defesa dos interesses dos munícipes”, termina.

Formada em Jornalismo, faz da vida uma compilação de pequenos prazeres, onde não falta a escrita, a leitura, a fotografia, a música. Viciada no verbo Ir, nada supera o gozo de partir à descoberta das terras, das gentes, dos trilhos e da natureza... também por isto continua a crer no jornalismo de proximidade. Já esteve mais longe de forrar as paredes de casa com estantes de livros. Não troca a paz da consciência tranquila e a gargalhada dos seus por nada deste mundo.

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