Conferência "As gentes e as paisagens da Azinhaga: nos caminhos de Saramago" realizou-se a 10 de novembro. Foto: IPT Créditos: IPT

Para celebrar o centenário do nascimento do escritor José Saramago, o Centro de Tecnologia, Restauro e Valorização das Artes (Techn&Art) do Instituto Politécnico de Tomar (IPT) e a Fundação José Saramago (FJS), dinamizaram no dia 10 de novembro a conferência As gentes e as paisagens da Azinhaga: nos caminhos de Saramago. O evento teve lugar na delegação da Fundação na Azinhaga, Golegã, terra-natal do único português agraciado com o Nobel da Literatura.

As gentes e as paisagens da Azinhaga: nos caminhos de Saramago foi o “culminar” do projeto financiado ‘Memórias da Azinhaga por Saramago’, resultado de uma parceria entre o Techn&Art e a FJS.

Ana Matos, neta do Nobel literário português e curadora da FJS, foi a responsável pelo “repto” deste projeto, e referiu que “foi um dia feliz”, numa sessão que contou com a presença de muitos convidados e pessoas da aldeia.

Deste projeto resultaram oito curtas-metragens, inspiradas no livro autobiográfico do autor, As Pequenas Memórias, com o objetivo de “sensibilizar o público para a ligação de José Saramago à Azinhaga”, lê-se em nota informativa divulgada pelo IPT.

Além das intervenções inerentes à obra As Pequenas Memórias pelos membros envolvidos no projeto e da antestreia das curtas-metragens, foi ainda apresentado o livro Das Pequenas Memórias de Saramago – Roteiros de memória, que resultou do “trabalho de campo” de entrevistas e filmagens aos familiares e amigos de Saramago e, também, aos habitantes da aldeia.

A equipa de investigação deste projeto multidisciplinar foi constituída por investigadores do Centro de Investigação, e por docentes do IPT de diferentes áreas, nomeadamente o audiovisual e design, a literatura e a sociologia. Também o design e a paginação do livro Das Pequenas Memórias de Saramago – Roteiros de memória, estiveram igualmente a cargo da equipa.

José Saramago nasceu em 1922, na aldeia da Azinhaga. Publicou o seu primeiro livro em 1947, intitulado Terra do Pecado. Passou por diversas funções, nomeadamente no final dos anos 50, em que se tornou responsável pela produção na Editorial Estúdios Cor, uma função que conjugou com a de tradutor a partir de 1955, e de crítico literário.

Em 1971 assumiu funções de editorialista no Diário de Lisboa e, em abril de 1975, foi nomeado diretor-adjunto do Diário de Notícias.

José Saramago recebeu o Prémio Camões em 1995 e o Prémio Nobel de Literatura em 1998.

Apaixonada pelo mundo do jornalismo, é licenciada em Comunicação Social pelo Instituto Politécnico de Tomar / Escola Superior de Tecnologia de Abrantes. Acredita que "para chegar onde a maioria não chega, é necessário fazer o que a maioria não faz".

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