Câmara de Alcanena vai apresentar no dia 14 o projeto da "Fábrica de Cultura" de Minde. Foto: Atelier Rua

A sessão pública de apresentação do projeto da “Fábrica de Cultura”, em Minde (Alcanena), está marcada para as 14h30 de quarta-feira, dia 14 de dezembro, contando a sessão com as presenças anunciadas da ministra da Coesão Territorial, Ana Abrunhosa, do diretor-geral das Artes, Américo Rodrigues e do presidente do Turismo do Centro, Pedro Machado.

A ideia do projeto passa pela criação de uma “área de acolhimento empresarial, projetos I&D, design e arte, um lugar de network entre empresas e instituições ligadas à investigação, inovação, design e craft, com uma moldura natural única, o polje e a serra, totalmente inspiradora, e integrado num equipamento com uma programação cultural regular e serviço educativo, na vizinhança de residências artísticas e relação com a comunidade local”, refere-se em nota de imprensa.

“A Fábrica será um lugar de oportunidades para manter as tradições e valorizar o endógeno, regenerar o emprego, mantendo a coesão social, criar produto e internacionalizá-lo. Para dar forma e corpo a este projeto são tidas em conta as boas práticas no que à requalificação urbana e à intervenção cultural diz respeito. Assim, aprendendo com outros lugares e experiências, podemos estar certos de que a Fábrica será uma aposta de futuro”, explica-se ainda na mesma informação.

Anteriormente Rui Anastácio, presidente da Câmara Municipal de Alcanena, já havia indicado em reunião camarária que a Fábrica de Cultura de Minde deve representar um investimento de cinco a seis milhões de euros, pelo que defendeu que o empreendimento tem de ser “rigorosamente planeado” e o modelo de gestão bem pensado, para não se “criar elefantes brancos”, referindo ainda que o mesmo só é possível de executar através de fundos comunitários.

O autarca defendeu ainda que o projeto a ser levado a cabo para a Fábrica de Cultura de Minde tem de ser sustentável e gerador de receitas, sendo que o objetivo passa por captar os fluxos turísticos que passam na região e não só por ser uma casa para as coletividades.

Câmara de Alcanena vai apresentar no dia 14 o projeto da “Fábrica de Cultura” de Minde. Foto: Atelier Rua

“Aquele valor que está em cima da mesa não pode ser para isso, tem de ser um motor de desenvolvimento económico de Minde e da própria região, tem de ser alguma coisa que consiga captar gente de toda a região, para não dizer de todo o país, para não dizer até de todo o mundo, estamos a falar de fluxos de milhões de pessoas que circulam em toda esta região, leia-se Fátima, grutas, Batalha, Alcobaça, Tomar. O que nós queremos é que para além de os turistas irem a Fátima, a Tomar, à Batalha e às grutas, também vão à Fábrica da Cultura de Minde”, defendeu na altura Rui Anastácio.

Rafael Ascensão

Licenciado em Ciências da Comunicação e mestre em Jornalismo. Natural de Praia do Ribatejo, Vila Nova da Barquinha, mas com raízes e ligações beirãs, adora a escrita e o jornalismo.

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