Abrantes mobiliza-se no apoio ao povo da Ucrânia. Foto: mediotejo.net

A Rede Social de Abrantes está a promover até 18 de março uma campanha de solidariedade de recolha de bens para as vítimas da guerra na Ucrânia. Segundo a autarquia, os bens recolhidos serão entregues na Polónia com apoio do Comité Internacional da Cruz Vermelha, instituição que está no terreno a apoiar os refugiados ucranianos.

A campanha, que arrancou no dia 4 de março, está a decorrer em grande ritmo. O objetivo é angariar 24 toneladas de bens alimentares, material de primeiros socorros, entre outros, e enviar um camião para a Polónia. Em declarações ao mediotejo.net, a vereadora com o pelouro da Ação Social, Raquel Olhicas, disse hoje que a adesão dos abrantinos está a ser impressionante e que, a este ritmo, o objetivo das 24 toneladas vai ser alcançado muito rapidamente. Nota, no entanto, que as necessidades são muitas, e que passam também por proporcionar habitação, trabalho, e acesso ao ensino, entre outras questões que decorrem do acolhimento a refugiados ucranianos que Abrantes se prepara para receber. 

Maksim Darmogray, 29 anos, é ucraniano e está a trabalhar na Câmara Municipal de Abrantes na área de apoio e coordenação da ajuda ao povo da Ucrânia, assim como à comunidade residente em Abrantes e aos que estão para chegar. Maksim não escondeu a emoção pelo apoio que tem sido dado pelo povo português, dando conta das principais necessidades a quem quiser apoiar, acolher e ajudar a integrar os refugiados ucranianos.

VÍDEO | CENTRO DE RECOLHA E AJUDA AO POVO UCRANIANO EM ABRANTES:

A Câmara Municipal de Abrantes informa os cidadãos que, no âmbito desta campanha, os bens podem ser entregues em todas as sedes das Juntas de Freguesia do concelho de Abrantes, de 2ª a 6ª, entre as 9h e as 17h, e na Delegação de Abrantes da Cruz Vermelha Portuguesa, de 2ª a 6ª, entre as 9h e as 20h, e aos sábados, das 9h às 18h.

O Tagusvalley – Parque de Ciência e Tecnologia, em Alferrarede, recebeu nos dias 5 e 6 de março a Feira da Proteção Civil no âmbito da Semana Nacional da Proteção Civil e Segurança. Durante estes dois dias, foram recolhidos, separados e embalados bens essenciais para os cidadãos ucranianos, numa ação integrada na campanha promovida pela Rede Social de Abrantes. O objetivo é angariar 24 toneladas de bens que vão ser transportados por um camião em direção aos refugiados ucranianos que estão na Polónia.

No âmbito desta campanha, também o Quartel dos Bombeiros de Abrantes é ponto de recolha, podendo aqui ser entregues bens todos os dias, a qualquer hora.

Os cidadãos são assim convidados a ser solidários e contribuir com aquilo que puderem, com base na seguinte lista de bens e produtos tidos como mais necessários:

– produtos de higiene para adulto e criança (escovas/pasta de dentes, gel de banho/shampoo, toalhitas, pensos higiénicos/tampões, resguardos descartáveis, fraldas, creme muda fralda);

– material de primeiros socorros (soro fisiológico, pensos rápidos compressas, ligaduras, betadine em pomada/biafine, luvas, paracetamol e adesivos);

– sacos-cama, cobertores térmicos, lanterna/pilhas;

– alimentos não perecíveis (enlatados, barras de cereais/papas, bolachas, arroz e massas, chá/café em pó, leite em pó para adultos e crianças, nozes/frutos secos, sumos, água e leite);

– comida para animais.

O Município de Abrantes tem “um plano global”, no qual se inclui a campanha de apoio aos cidadãos ucranianos, mas há ainda a intenção “de acolher, integrar e alojar cidadãos ucranianos, estando o Município em permanente contacto com o Governo para apoio da integração de refugiados ucranianos no concelho de Abrantes e havendo já entidades particulares a disponibilizarem habitações”, pode ler-se em comunicado.

Para mais informações deve contactar-se 966 919 490 (CMA) e 241 372 910 (Delegação de Abrantes da Cruz Vermelha).

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Mário Rui Fonseca

A experiência de trabalho nas rádios locais despertaram-no para a importância do exercício de um jornalismo de proximidade, qual espírito irrequieto que se apazigua ao dar voz às histórias das gentes, a dar conta dos seus receios e derrotas, mas também das suas alegrias e vitórias. A vida tem outro sentido a ver e a perguntar, a querer saber, ouvir e informar, levando o microfone até ao último habitante da aldeia que resiste.

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