Com o cenário de seca a agravar-se em Portugal perante a falta de chuva, em Vila Nova da Barquinha a autarquia vai avançar com o primeiro passo para mitigar os efeitos da falta de água verificados no território através da sensibilização da comunidade para um consumo económico. Caso a chuva não ocorra, prevê-se a tomada de medidas mais drásticas, admite aos jornalistas o presidente do Município.
“O que eu gostaria de vos adiantar é que viesse chuva, objetivamente era isso. Mas, não sendo possível, temos que começar a pensar como é que podemos mitigar e reduzir estes efeitos da falta de água que se verificam no nosso território”, admitiu aos jornalistas o presidente da Câmara Municipal de Vila Nova da Barquinha, Fernando Freire, após a sessão camarária de 9 de fevereiro, na qual o autarca falou sobre o cenário de baixos caudais no rio Tejo e referiu uma situação que “não está fácil”.
“A falta de água é recorrente nas barragens e no rio, é uma preocupação objetiva da questão da fauna e da flora do próprio rio, são essenciais as massas, também para a agricultura e para a questão do combate aos incêndios florestais – a questão das charcas e dos depósitos de águas que temos distribuídos pela nossa floresta em Vila Nova da Barquinha”, referiu Fernando Freire.
Questionado sobre que medidas a autarquia está a pensar adotar a curto prazo, o edil sublinhou a necessidade de se avançar com uma “grande sensibilização” à comunidade barquinhense, no sentido de efetuar um consumo de água “ecónomo e não exagerado”, destacando, nomeadamente, a questão dos banhos.
Numa missão que é “da Câmara Municipal e também dos próprios munícipes”, também precisamente a nível do Município, Fernando Freire admite a tomada de “medidas internas de mitigação no sentido de poupar água. “Vamos regar menos. Muita da nossa água vem do rio, não temos grandes consumos no âmbito da própria rede humana – nomeadamente na zona do parque [Barquinha Parque]”, disse.
ÁUDIO | Presidente do Município da Barquinha sobre escassez de água
Ao nível da Comunidade Intermunicipal do Médio Tejo, o autarca barquinhense admite que a escassez de água tem sido tema em cima da mesa e defende que as medidas a tomar passarão também por “medidas políticas”.
“Pelo menos aos políticos compete fazer uma avaliação dia a dia, caso a caso, destas situações no sentido de a água não faltar. Agora, como é que vamos gerir? Com muita parcimónia, com uma avaliação dia a dia … e não vai ser fácil, os tempos estão complicados”, conclui o presidente do Município de Vila Nova da Barquinha.
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