O documento, válido por um período temporal de uma década (2023-2033), foi aprovado por unanimidade na Comissão Municipal de Educação, pelo executivo e Assembleia Municipal. A revisão da Carta Educativa de Vila Nova da Barquinha foi necessária devido às grandes transformações sociais que se têm notado no concelho, desde 2019, quando foi revista pela última vez.
O resultado dos Censos 2021, a pandemia, os conflitos armados, a adoção de novas políticas, regeneração urbana e criação de empresas foram alguns dos motivos apontados que levaram à urgência de conciliar uma nova relação de oferta e procura com a comunidade escolar, tendo a inscrição de alunos no concelho aumentado de forma significativa.
Os resultados estatísticos apontam para “uma grande industrialização e também para um fenómeno que está a ser transversal em todos os territórios do Médio Tejo, que é a grande procura das escolas”, disse o presidente da Câmara ao nosso jornal, afirmando que “estão a ser rejeitadas inscrições, particularmente no ensino secundário, porque não existe resposta perante a situação de procura, que triplicou”.
ÁUDIO | FERNANDO FREIRE, PRESIDENTE CM VILA NOVA DA BARQUINHA:
O primeiro documento, Carta Educativa, do município de Vila Nova da Barquinha, data do ano de 2006, tendo sofrido a 1.ª revisão treze anos depois, em 2019.
Para ter “acesso a fundos comunitários, implica ter uma carta atualizada e em vigor, e essa foi a nossa preocupação na altura para a requalificação que fizemos, quer no JI da Praia do Ribatejo, no JI da Atalaia, na EB1 da Praia do Ribatejo e no bloco C da Escola D.Maria II”, notou Fernando Freire.
Mas, salientou o autarca, “tudo isto é um processo dinâmico e alguns acontecimentos vieram alterar substancialmente todo o conteúdo da carta aprovada no final do ano de 2019”.
Assim, com a carta educativa de 2ª geração, pretende-se o estabelecimento de uma programação que compatibilize a oferta e a procura no panorama educativo concelhio, num horizonte temporal de dez anos (2023-2033).