Após a interdição do Barquinha Parque ao público na sequência da deteção de casos de gripe aviária em patos mudos que foram encontrados mortos neste espaço, o Município anunciou a reabertura do parque ribeirinho a partir da tarde desta sexta-feira, 21 de janeiro.
A autarquia admite estarem reunidas as condições de segurança para a frequência do Barquinha Parque, com exceção das zonas junto ao canal (assinalada a amarelo na seguinte imagem).

Em comunicado, é referido também que na sequência dos casos detetados neste espaço e “no cumprimento das instruções emanadas pela Direção-Geral de Alimentação e Veterinária (DGAV)” foram retirados os animais para confinamento “com a realização de testes a toda a colónia, no Instituto Nacional de Investigação Agrária e Veterinária”. Também o local foi alvo de desinfeção, informa a autarquia barquinhense.
Recorde-se que os dois primeiros focos foram detetados em 01 de dezembro, numa capoeira doméstica em Palmela, e em 23 de dezembro, numa exploração de perus em Óbidos, com cerca de 18 mil aves, existindo “uma ligação” entre essa exploração e o terceiro foco detetado em 30 de dezembro, e confirmado no dia seguinte, em Vila Nova da Barquinha, numa exploração com cerca de seis mil perus.
No dia 04 de janeiro foi detetado um quarto foco de gripe aviária numa exploração de galinhas e patos em Santiago do Cacém, distrito de Setúbal, e no dia seguinte foi confirmado um quinto foco em Alpiarça, num ganso selvagem, a que se junta agora um sexto foco, em Peniche, detetado numa gaivota.
A DGAV lembrou que “não existem evidências de que a gripe aviária seja transmitida para os humanos através do consumo de alimentos”, como carne de aves de capoeira ou ovos, salientando que “na origem da doença estará a regular migração de aves selvagens na Europa, provenientes da Ásia e do leste da Rússia, que têm permitido a circulação viral e a sua transmissão a longas distâncias”.
Face à “situação epidemiológica atual”, a DGAV defendeu ser importante “cumprir e reforçar” as regras de biossegurança, assim como as boas práticas de produção avícola, evitando contactos entre aves domésticas e selvagens.
“É ainda de extrema importância a notificação imediata de qualquer suspeita, de forma a permitir uma rápida e eficaz implementação das medidas de controlo da doença”, acrescentou.
A notificação de mortalidade de aves selvagens pode ser feita através da aplicação ANIMAS (http://animas.icnf.pt).
C/Lusa