O Parque Ribeirinho de Vila Nova da Barquinha. Foto: CM Barquinha

O novo equipamento de rega, que está a ser implementado no parque de Vila Nova da Barquinha vai permitir uma gestão diária à distância, através de um sistema de telegestão, que vai ser instalado nos serviços e através de sensores, por uma estação meteorológica que permite ter uma intervenção mais automática. Espera-se que até ao final de maio as obras estejam concluídas e que já possam ser verificadas todas as funcionalidades e mais valias.

ÁUDIO | Marina Honório, Vice-Presidente da Câmara Municipal de Vila Nova da Barquinha

“Esta nova forma de rega permite-nos saber o que estamos a gastar, quais são as alturas de maior necessidade, as alturas em que podemos deixar de regar, porque são muitos hectares a ser regados e para manter este espaço verde, com qualidade, importa de facto criar aqui um sistema que faça uma gestão mais eficiente e mais eficaz.”, explicou a vice-presidente da Câmara Municipal da Barquinha, Marina Honório.

Este é o primeiro sistema de telegestão no concelho, que vai permitir uma poupança de água e de energia. A nível energético, porque os sistemas de bombagem estão alicerçados aos sistemas de rega antigos, e tem um grande custo de energia.

ÁUDIO | Vereadora Marina Honório explica o novo sistema de telegestão

A nível hídrico, a poupança também vai acontecer, apesar de o parque ribeirinho ser regado com água não potável do rio Tejo. Esta nova forma de rega vai ajudar na gestão do recurso, cada vez mais escasso. Nos dias em que chove, através dos sensores e da estação meteorológica, o sistema não vai regar por não haver necessidade, enquanto no sistema antigo a rega era feita todos os dias à mesma hora, estivesse chuva ou não.

Esta é uma obra que não se vê, porque não tem grande intervenção direta na utilização do parque. A empreitada é pontual e acontece nas caixas do equipamento, por isso muitos cidadãos acabam por nem se aperceber que a mesma está a ser realizada.

Inicialmente o município vai avaliar o comportamento do novo sistema de telegestão, para que, depois, possa pensar na sua implementação em outros espaços verdes públicos do concelho. Atualmente a divisão municipal de obras e manutenção está a fazer um estudo e a inventariar quais os locais em que a água de rega é potável e quais os seus consumos. O objetivo é identificar as zonas prioritárias de investimento e o respetivo orçamento, para que, com meios próprios da autarquia, se irem implementando faseadamente.

“Estamos a indicar o levantamento de zonas verdes onde podemos dar continuidade a este projeto, ou seja, a substituição do uso de água potável por sistemas de furos, queremos implementar e criar alguns furos em zonas críticas onde há um grande gasto de água com a rega e ao mesmo tempo, tentar otimizar a gestão desse recursos através de sistemas de telegestão noutras zonas verdes do concelho”, ressalva a vereadora.

ÁUDIO | Marina Honório explica que o município está a estudar quais os espaços onde quer implementar no futuro este sistema

“Neste momento temos toda a Salgueiro Maia a ser regada por água não potável de uma captação que temos junto à Escola Ciência Viva, mas queremos dar continuidade a este investimento que traz um retorno a longo prazo, porque devido a termos um concelho com inúmeros espaços públicos é preciso haver um equilíbrio na gestão do recurso financeiro e no recurso hídrico, que é essencial”, sublinhou.

A vereadora afirmou ainda que já em alguns locais onde a água de rega era potável, ou locais de sistema circular onde é necessário encher com água, através da ajuda dos bombeiros, foi levado o recurso não potável e posteriormente regados ou enchidos os locais por recursos humanos da Câmara.

Este investimento no Parque Ribeirinho tem um custo total de 75 mil euros, mas está a ser executado através de uma candidatura aprovada pelo Compete 2020 e financiado a 100% a nível do Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional (FEDER). Esta foi uma oportunidade, que veio na hora certa, visto que o sistema iria ser renovado, com ou sem financiamento.

“Havia zonas em que a rega já não conseguia manter todo o espaço verde e os equipamentos já não existiam no mercado e portanto, foi uma necessidade e uma candidatura na altura certa”, explicou Marina Honório.

ÁUDIO | Vice-Presidente Marina Honório explica as fragilidades do antigo equipamento de rega

O fundo comunitário engloba também a poda de arvores, que estão em situações críticas ou a necessitar de intervenção. No ano passado, e em 2021, foram podadas 21 pinheiras na Rua Salgueiro Maia, e na entrada da Praia do Ribatejo foram intervencionado alguns plátanos que apresentavam necessidade de intervenção urgente, por forma a garantir a segurança da população e das pessoas que usam a via pública.

Natural de Vila Nova da Barquinha, tem 25 anos e licenciou-se em Ciências da Comunicação pela Universidade da Beira Interior.

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