Foto de família no dia da inauguração do furo. Foto: DR

O último objetivo da campanha Missão Pompom, que envolveu o Agrupamento de Escolas de Vila Nova da Barquinha e a Junta de Freguesia, já foi concretizado no terreno.

A iniciativa solidária a que os alunos da escola D. Maria II em Vila Nova da Barquinha se propuseram para a construção de um furo de água em Lichinga, em Moçambique, foi conseguido graças à campanha de angariação de fundos que conseguiu juntar 5 mil euros.

Em julho de 2018 o cheque foi entregue à Irmã Cândida Santos, da ONG SocialisRep, que se encontra em missão em Moçambique e de lá veio, por altura do Natal, a novidade de que a população daquela aldeia já tem água potável de um furo que foi executado graças à campanha solidária.

Até agora a população da aldeia de tinha de percorrer cerca de 10 quilómetros para ter água e, em tempo de seca o problema agravava-se.

Mas este Natal foi especial para aquela população que vive no limiar da pobreza. No email que Irmã Cândida Santos enviou à escola e à Junta informa que o furo está concluído e “tem muita água e boa para beber”.

“Em nome de todas as crianças da Escolinha Três Pastorinhos (em Lichinga) e de todas as pessoas que vão beneficiar da riqueza deste furo com água própria para consumo agradeço a generosidade, a dedicação, o empenho e o carinho de todos os professores e alunos para que este projeto se concretizasse”, escreveu a Irmã Mónica, também envolvida na mesma ONG.

“Obrigado pela vossa generosidade e podem testemunhar a alegria daquelas crianças a brincarem com a chegada da água, que, quanto nos é reportado, água de qualidade para beber”, refere o presidente da Junta de VN Barquinha. “São estas causas que vale a pena abraçar ao fazer tanta gente feliz”, acrescenta João Machado.

Conforme explicou Ana Santos, subdiretora do Agrupamento de Escolas de Vila Nova da Barquinha, na altura da entrega do cheque, tudo começou com o Projeto Piloto de Inovação Pedagógica que está a ser aplicado na escola D. Maria II, onde foi criada uma nova matriz curricular, com uma nova disciplina, “Projeto para Todos”.

Daqui surgiram vários desafios lançados aos alunos, sendo que a turma do 6° C optou pelo tema “solidariedade e voluntariado”.

Começaram por contactar várias instituições locais, mas os alunos e professores envolvidos consideravam pertinente ir além fronteiras. Nesse sentido contactaram com a ONG SocialisRep (Sociedade Reparadora), gerida pela irmã Cândida Santos. O repto que foi lançado à escola foi a construção de um furo em Lichinga, Moçambique, por forma a abastecer de água a comunidade local onde funciona um jardim de infância e escola também construídos por aquela ONG.

Lançado o desafio, toda a comunidade educativa aderiu em peso. Desde o primeiro momento, a Junta de Freguesia de Vila Nova da Barquinha aderiu ao projeto.

Entre outras iniciativas de angariação de fundos, organizou-se um mega-jantar solidário, todas as crianças venderam rifas e pompons às famílias, amigos e a toda a comunidade. E em julho conseguiu-se atingir os tão ambicionados 5 mil euros.

José Gaio

Ganhou o “bichinho” do jornalismo quando, no início dos anos 80, começou a trabalhar como compositor numa tipografia em Tomar. Caractere a caractere, manualmente ou na velha Linotype, alinhavava palavras que davam corpo a jornais e livros. Desde então e em vários projetos esteve sempre ligado ao jornalismo, paixão que lhe corre nas veias.

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