A DGAV anunciou que foi detetado um terceiro foco de gripe das aves em Portugal, que ocorreu numa exploração com seis mil perus, em Praia do Ribatejo, concelho de Vila Nova da Barquinha. Foto: DR

A DGAV detetou um terceiro foco de gripe das aves em Portugal numa exploração com seis mil perus, em Praia do Ribatejo, concelho de Vila Nova da Barquinha, tendo sido ativado o plano de contingência, que implica o abate das aves, entre outras medidas.

Em declarações ao mediotejo.net, a diretora geral da DGAV – Direção-Geral de Alimentação e Veterinária, disse que foi confirmado na noite de quinta-feira um terceiro foco de Gripe Aviária de Alta Patogenicidade (GAAP) pelo Instituto Nacional de Investigação Agrária e Veterinária (laboratório nacional de referência para as doenças dos animais), em exploração de perus, em Limeiras, freguesia de Praia do Ribatejo, tendo dado conta das medidas e das zonas de restrição implementadas para conter a disseminação do foco.

ÁUDIO | SUSANA POMBO, DIRETORA GERAL DGAV:

Os dois focos anteriores foram detetados a 1 de dezembro, numa capoeira doméstica em Palmela, com cerca de uma centena de diversas aves, e a 23 de dezembro, numa exploração de perus em Óbidos, com cerca de 18 mil aves, existindo “uma ligação” entre essa exploração e o terceiro foco detetado em Vila Nova da Barquinha, disse a responsável, dando conta que, os primeiros dois focos “estão contidos, ainda que sob vigilância”.

Na exploração de perus em Praia do Ribatejo o plano de contingência foi ativado na sexta-feira e as medidas de controlo implementadas. Estas medidas incluem a “inspeção aos locais onde foi detetada a doença e a eliminação dos animais afetados, assim como a inspeção às explorações pecuárias existentes nas zonas de proteção, num raio de 03 km em redor do foco, e notificação de vigilância num raio de 10 km”.

Zona de restrição e vigilância tem um raio de 10 km

As autoridades também já procederam à “eliminação dos animais afetados”, que se estima em cerca de 06 mil, com os detentores das explorações a serem “indemnizados pelo abate sanitário dos animais, conforme previsto na legislação em vigor”.

A inspeção às explorações pecuárias existentes nas zonas de proteção decorre num raio de 03 km em redor do foco

Em comunicado, a DGAV lembra que “não existem evidências de que a gripe aviária seja transmitida para os humanos através do consumo de alimentos”, como carne de aves de capoeira ou ovos, tendo dado conta que “os trabalhadores envolvidos na eliminação dos focos registados e que lidaram diretamente com as aves infetadas foram rastreados” e estão “até agora com resultados negativos”.

“Na origem da doença estará a regular migração de aves selvagens na Europa, provenientes da Ásia e do leste da Rússia, que têm permitido a circulação viral e a sua transmissão a longas distâncias”, adiantou.

Face à “situação epidemiológica atual”, a DGAV defendeu ser importante cumprir as regras de biossegurança, assim como as boas práticas de produção avícola, evitando contactos entre aves domésticas e selvagens.

Devem ser cumpridos os procedimentos de higiene das instalações, equipamentos e materiais e mantida uma observação “diária e atenta” das aves de capoeira, incluindo os consumos de água, alimentos e os índices produtivos.

“Recorde-se que os operadores que detêm aves de capoeira ou aves em cativeiro são os primeiros responsáveis pelo estado sanitário dos animais por si detidos e, perante uma qualquer suspeita de doença, a mesma deverá ser imediatamente comunicada à DGAV. A deteção precoce de focos de infeção por vírus gripe aviária de alta patogenicidade (GAAP) é absolutamente essencial para a rápida e eficaz implementação no terreno das medidas de controlo da doença destinadas a evitar a sua disseminação”, concluiu.

Foi detetado em Vila Nova da Barquinha o terceiro foco de gripe das aves em Portugal. Foto: DR

A DGAV é um serviço central da administração direta do Estado, com autonomia administrativa.

C/LUSA

Mário Rui Fonseca

A experiência de trabalho nas rádios locais despertaram-no para a importância do exercício de um jornalismo de proximidade, qual espírito irrequieto que se apazigua ao dar voz às histórias das gentes, a dar conta dos seus receios e derrotas, mas também das suas alegrias e vitórias. A vida tem outro sentido a ver e a perguntar, a querer saber, ouvir e informar, levando o microfone até ao último habitante da aldeia que resiste.

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