A arte e a imagem voltaram a ser tema de conversa no centro cultural esta sexta-feira, dia 7, na quarta edição da iniciativa que junta criativos de renome e o público. João Seguro, Nuno Sousa Vieira, Paulo Catrica e Valter Ventura apresentaram os seus projetos ao longo do dia que incluiu visitas guiadas às esculturas do parque ribeirinho e à exposição de Anni Katajamaki.
João Seguro deu início às apresentações desta edição, partilhando obras do seu percurso criativo e o trabalho desenvolvido na residência artística que tem estado a realizar no concelho nas últimas semanas. A recolha de imagens sobre espécies botânicas, pormenores arquitetónicos e outros elementos servirá de inspiração para a criação das futuras obras.
A arte continuou a ser mote de conversa com o artista plástico Nuno Sousa Vieira e a imagem ganhou destaque nas intervenções dos fotógrafos Paulo Catrica e Valter Ventura, os dois oradores da tarde. Às conversas sobre os projetos que diferenciam e destacam os quatro criativos juntaram-se visitas guiadas ao Parque de Escultura Contemporânea Almourol e à exposição “Nós, Vós, Eles: Failed Strategies” de Anni Katajamaki, patente na Galeria do Parque até 27 de agosto.

O evento contou, igualmente, com a presença de Fernando Freire, presidente da autarquia, e representantes do Instituto Politécnico de Tomar, entidade que partilha a organização com o município e a Fundação EDP. Igualmente presente esteve o coordenador do Centro de Estudos de Arte Contemporânea (CEAC), que salientou ao mediotejo.net a importância desta iniciativa num concelho que afirma regularmente a sua ligação às artes.
Para Carlos Vicente, “Conversas Arte & Imagem” são um de dois momentos anuais marcantes no diálogo que se pretende estabelecer entre a arte e a comunidade local. O segundo são as conversas propostas com os participantes nas residências artísticas do concelho e que terão a sua terceira edição em 2017 (Conversas 3.0).

Estas oportunidades para conhecer artistas e processos criativos, acrescenta, contribuem para “compreendermos a arte e percebermos melhor aquilo que queremos ser, uma Barquinha de arte”. Outra consequência da presença regular da arte nos espaços públicos e nas galerias locais é a dinâmica gerada na população levando “as próprias pessoas a fazer arte” e tornando “a Barquinha mais bela”.
No futuro avizinham-se novas iniciativas, sendo a próxima a realização das segundas assembleias comunitárias no âmbito do projeto de arte pública ARTEJO, a 11 e 12 de julho. O coordenador do CEAC junta-se a Vhils, Manuel João Vieira e Violant nas quatro freguesias para apresentar as intervenções artísticas previstas na iniciativa de arte pública promovida pelo município e a Fundação EDP.

As assembleias comunitárias estão marcadas para as 18h00 e as 21h30 em ambos os dias. As de terça-feira têm lugar no Albergue da Juventude de Tancos e, mais tarde, no Centro Comunitário da Atalaia. As de quarta-feira realizam-se no Centro Cultural de Vila Nova da Barquinha à tarde e na Junta de Freguesia da Praia do Ribatejo à noite.
Segundo Carlos Vicente, algumas obras serão desenvolvidas em conjunto com os alunos do Agrupamento de Escolas D. Maria II e do CEAC aos quais “poderão juntar-se alguns populares para deixarmos um testemunho nas paredes da nossa vila, nas nossas memórias e nas nossas tradições”.