O assunto marcou a reunião de executivo camarário de Vila de Rei, esta sexta-feira, uma vez que mais de metade da ordem do dia se reverteu em aprovação por unanimidade de apoio a empresas, mais concretamente incentivos à empregabilidade e à modernização do comércio local. A autarquia atribui assim mais 5655,96 euros dentro do Regulamento de Apoio ao Empresário, criando mais oito postos de trabalho no concelho, que acrescem aos restantes 25 criados até setembro deste ano.
Ricardo Aires (PSD), presidente da CM Vila de Rei, referiu, concluindo a reunião de executivo, que “mais de metade da ordem de trabalhos é para apoiar os nossos comerciantes e a empregabilidade no concelho”.
Segundo o autarca, “o regulamento se calhar demorou um bocadinho a chegar às pessoas, mas neste momento estamos a ver que a economia local não é só a área social, porque temos aqui em causa várias empresas”, referiu.
Dos oito postos de trabalho, cinco referem-se a lugares disponibilizados pela Santa Casa da Misericórdia de Vila de Rei, dois por uma empresa local e um pela Associação Humanitária dos Bombeiros de Vila de Rei.
“A nossa economia local está a crescer”
Paulo César Luís, vice-presidente da CMVR, acrescentou, na mesma linha que o presidente de Câmara, que o regulamento de apoio ao empresário já ajudou à contratação de mais de 30 pessoas, o que é motivo de congratulação.
“Os apoios que estamos a dar no final de 2017 são a continuação dos resultados já apresentados anteriormente, no que diz respeito à dinamização da atividade económica do concelho”, disse.
“Registamos que, em cerca de ano e meio, este Regulamento de Apoio ao Empresário e que estimula a contratação de pessoas, com obrigatoriedades, nomeadamente estarem vinculados durante um prazo mínimo de 3 anos, leva a que já tenham sido contratadas mais de 30 pessoas no âmbito deste projeto por diversas empresas e entidades”, contextualizou.
Segundo o vice-presidente da autarquia, são ainda notórios a diversificação e aceleramento do número de empresas que procura apoio do município para modernizar os seus serviços e a sua oferta ao cliente, o que, no seu entender, “é bastante bom, face à necessidade de modernização das nossas empresas e o comércio local precisam para poderem atrair e fidelizar clientes”.
Por fim, outro indicador deste boom a acontecer na economia local prende-se com o surgimento de mais duas empresas com interesse em sediar-se no Ninho de empresas do concelho. Algo que o autarca encara “com bastante satisfação” e que vem no seguimento “de um conjunto de empresas que têm aumentado os postos de venda, que têm surgido per si, sem reclamar qualquer tipo de apoio, e registamos que a atividade económica está em crescendo e a acelerar no concelho”, sublinhou.
Quanto às duas novas empresas cuja fixação de sede no Ninho de empresas de Vila de Rei foi igualmente aprovada nesta sessão de executivo camarário, Paulo César Luís acredita que o interesse das mesmas se deve ao facto de considerarem o concelho “o local apropriado para darem os primeiros passos nas suas atividades profissionais, nos dois casos a localização da sede não é importante para o desenvolvimento da sua atividade, mas demonstra que o concelho se torna cada vez mais apetecível para a instalação de empresas e isso é extremamente positivo”.
Oferta de emprego no concelho tem tido procura
Outro indicador destas novas dinâmicas socioeconómicas no concelho relaciona-se também com a oferta de emprego e a articulação entre oferta e procura pela população desempregada. “Há uns meses a esta parte muitas pessoas têm procurado os postos de trabalho disponíveis no concelho de Vila de Rei, que disponibilizamos numa grelha no site da autarquia, em parceria com o IEFP através do nosso Gabinete de Inserção Profissional”, contou Paulo César, notando que a procura tem correspondido à oferta existente, pelo menos na maioria dos casos.
Acontece que, mesmo não se tratando de lugares com exigência formativa ou de experiência profissional, existem ofertas que simplesmente não têm conseguido captar interessados entre a comunidade vilarregense, aqueles que são privilegiados, tendo muito provavelmente que estender a oferta a outros concelhos.
“Temo-nos apercebido que os postos de trabalho têm sido preenchidos; contudo, há vários meses a esta parte, ainda resta preencher seis postos de trabalho. O que leva a que vários empresários, com quem já falei, digam que terão forçosamente que procurar fora do concelho, porque a necessidade mantém-se e têm que fazer face à necessidade com admissão de mais pessoal”, assumiu o vereador.
Desde servente a mecânico automóvel, estas são algumas das áreas que contemplam a oferta e que incluem formação e acompanhamento assegurados pelo empregador. “O que falta muitas vezes é vontade de trabalhar, porque lugares há, dá-se formação,… não sei que mais pode dificultar que as pessoas preencham estes lugares”, reconheceu, em jeito de lamento.
Deste modo, e em suma, num aglomerado de 12 pontos da ordem do dia, foi aprovado em termos de modernização do comércio local, que representa um valor de 1655,96 euros, e ainda em termos de empregabilidade/criação de 8 postos de trabalho com um valor alocado de 4000 euros (500 euros por cada contratado); um total de 5655,96 euros de apoio aprovado por unanimidade nesta reunião de câmara, que acresce aos mais de 14 mil euros já atribuídos neste projeto que é estratégia do município desde 2016.