Estamos prestes a decidir o futuro da nossa cidade. Todos nós queremos uma cidade que se afirme pela positiva e para isso acontecer, os indicadores positivos têm de estar nos discursos dos políticos, nas vozes das elites, nos jornais, etc, etc. O nível discursivo negativo provoca um efeito de desgaste e desprestigio da nossa cidade.
Construir a imagem de uma cidade significa redimensionar a sua identidade, trabalhando-a de forma progressiva, reforçando os aspectos positivos e ocultando o que se entender ocultar. A nossa cidade tem de promover a coesão interna e a participação democrática de todos os setores sociais e de todas as expressões culturais. É este o sentido das cidades criativas de hoje.
O amor que cada um tem à cidade não é uma paixão de 2ª. categoria é um momento de reflexão em que cada um emite a sua opinião, respeitando a dos outros.
A democracia existe não para evitar confrontos, mas para vencê-los, para permitir que as divergências e os conflitos de interesse ou de opinião se manifestem e sejam resolvidos em termos razoavelmente civilizados, sem o sacrifício das liberdades públicas.
É no poder local que podemos fazer democracia direta. É no poder local que podemos fazer a defesa de certos valores éticos. É no poder local que podemos controlar os autarcas. Está nas nossas mãos sair do melancolismo, da fatalidade. Temos de recuperar o espaço da cidadania.
A sociedade civil tem de ser envolvida nas decisões de âmbito local, generalizando os orçamentos participativos, ampliando a consciência social e política de cada cidadão através de reflexões várias, que se debrucem sobre a ética do uso de recursos públicos. É importante reforçar a participação das populações nos processos de tomada de decisão de políticas públicas, por uma razão muito simples. Implica o cidadão no produto final da decisão democrática e legitima o decisor.
Aliás, a formação de cidadãos livres, responsáveis, autónomos e solidários, capazes de julgarem com espírito crítico e criativo o meio social e de se empenharem na sua transformação, faz parte do elenco de incentivos do sistema educativo da Lei de Bases do sistema educativo português.
Vamos arregaçar as mangas, construir bancadas de improviso e aguçar o apetite e a curiosidade e, num labirinto de emoções, florescer o nosso imaginário. Vamos sorrir, convictamente, porque nos sentimos importantes por pertencer a qualquer coisa que nos dá poder e que nos projeta na candura da cidade.
Votar no próximo dia 26 de setembro é a melhor forma de exercer a nossa cidadania.