O Movimento de Utentes dos Serviços Públicos de Santarém disse hoje aos deputados da Comissão Parlamentar de Saúde que a prestação de cuidados na Lezíria se agravou no último ano, pedindo medidas legislativas que resolvam a situação dos utentes.

O grupo foi hoje recebido pela comissão na sequência da entrega de uma petição que vai permitir que a situação dos cuidados de saúde na zona seja discutida em plenário na Assembleia da República.

O porta-voz do movimento, Augusto Figueiredo, disse à Lusa que os utentes esperam dos deputados iniciativas que permitam resolver os “graves problemas” do Hospital de Santarém e dos cuidados primários.

Dados recolhidos na semana passada pelo MUSP junto do Agrupamento de Centros de Saúde da Lezíria indicam que 38.000 utentes (34% da população) dos nove concelhos abrangidos não têm médico de família e que em alguns concelhos, como Salvaterra de Magos, cerca de metade dos residentes não o têm.

Augusto Figueiredo referiu ainda a situação das Urgências do Hospital de Santarém, com a acumulação de pessoas à espera de serem atendidas, a demora nas obras no bloco operatório e a entrada de um número de enfermeiros inferior à dos que saíram, com a agravante de um surto de gripe A que “desfalcou” equipas.

O representante apontou ainda debilidades nas consultas externas e as demoras nas cirurgias em diversas especialidades, nalguns anos com esperas de dois anos, a carência de auxiliares técnicos, a falta de cuidados paliativos na região e a degradação de equipamentos.

“Os partidos afirmaram que a saúde é uma prioridade e o PS deu como garantia que até 2017 todos os utentes teriam médico e enfermeiro”, disse, salientando que o MUSP espera que da discussão da petição em plenário, ainda sem data marcada, surjam iniciativas legislativas que permitam a resolução das situações apontadas.

Agência de Notícias de Portugal

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