A Festa dos Tabuleiros é a celebração mais importante na cidade de Tomar e o atual figurino data de 1950, ano em que o diretor da Fábrica da Fiação, João Santos Simões, recuperou a festa e colocou as funcionárias a confecionar fatos, envolvendo a participação de todas as freguesias, inovando com a colocação das fitas nos trajes das senhoras.
Este ano a Comissão Central propôs que a identificação das localidades não constasse nos trajes mas, em Assembleia de Freguesia, a população da União de Freguesias de Serra e Junceira decidiu não abdicar da identificação e cabe agora ao executivo da União cumprir as deliberações. O mais “insólito” é que, decorrente desta situação, foi criada uma comissão que defende o afastamento da localidade do cortejo.
O partido Chega de Tomar enviou para a nossa redação um comunicado a afirmar que “defende e apoia a decisão da União de Freguesias de Serra e Junceira de não abdicar das fitas com o nome da localidade”, adiantando que “segundo notícias locais esta mesma comissão é ilegal e criada à revelia do mordomo e da comissão central”.
Questionando as imposições da Comissão Central, o Chega, pergunta se “estão relacionadas com o processo de inventariação da Festa como Património Nacional” ou se é “uma forma de discriminar as freguesias que não prestam “culto” à Comissão Central”.
Na nota informativa é ainda referido que o Grupo Parlamentar do Partido Chega apresentou no dia 8 de maio, na Assembleia da República, um voto de saudação pela inscrição da Festa dos Tabuleiros no inventário Nacional do Património Cultural, tendo a concelhia de Tomar congratulado a inscrição da Festa dos Tabuleiros no Inventário Nacional de Património Cultural e Imaterial, embora, sublinha, “suscite dúvidas e questões, tais como qual o valor gasto pelo município” na candidatura.
“Qual o custo / benefício para Tomar e para o concelho com estas inscrições? Para quando a criação de um Museu e Centro Interpretativo da Festa dos Tabuleiros?”, questiona o Chega.
“Reiteramos assim o apoio à União de Freguesias de Serra e Junceira assim como de todas as freguesias que pretendam manter as suas origens e a sua tradição. Tal como disse em entrevista a Sra. Presidente da Câmara, Anabela Freitas, a Festa é dos tomarenses. Então deixem os tomarenses decidirem a utilização, ou não, da identificação das respetivas freguesias nas fitas”, conclui o comunicado do partido Chega de Tomar.