Uma lontra europeia (lutra lutra), espécie protegida e inserida na Lista dos Mamíferos Raros e Ameaçados do Conselho da Europa, foi avistada no rio Tejo, junto ao açude de Abrantes, no final de janeiro de 2016. As imagens foram captadas por Arlindo Marques, da Associação SOS Tejo.
As lontras são animais muito difíceis de observar no seu habitat natural. Este exemplar é provavelmente um macho, animal solitário que acasala nesta altura, entre o final do Inverno e o início da Primavera. A marcação de pedras proeminentes no rio, com os seus odores e dejetos, é um comportamento usual às primeiras horas da manhã.

Alimenta-se sobretudo de peixe, que captura durante os seus mergulhos: consegue suster a respiração até 4 minutos. Mas, à falta do seu alimento preferido, também come anfíbios, répteis, crustáceos e algumas aves aquáticas.
As lontras constroem tocas nas margens com boa cobertura vegetal, criando um complexo sistema de galerias com várias entradas: uma subaquática e outras em terra. É na toca que nascem as ninhadas, que podem ter até 5 crias, que nascem cegas e desdentadas, do tamanho de ratos. São amamentadas nos primeiros três meses e, depois, a mãe encoraja-as a nadar, embora as mantenha sob sua proteção até completarem um ano.
Com uma esperança de vida de 6 a 8 anos, não tem predadores naturais na zona do Tejo, estando no topo da cadeia alimentar. A grande ameaça à sua sobrevivência é, neste momento, a poluição.
*Republicada no âmbito de alguns trabalhos a que voltamos a dar destaque e que foram publicados no jornal mediotejo.net entre dezembro de 2015 e janeiro de 2016
Pobre Lontra não vais resistir á maldade do homem que está a destruir toda a flora e fauna do nosso querido Tejo.Viva Portugal ,Viva a jutiça Portugueza e viva os politicos Portugueses todos corruptos.
Será que esta desgraçada ainda sobrevive depois da calamidade continuada da malvada poluição?