Sardoal acolhe estudantes de Medicina e de Economia “apanhados na guerra”. Foto: Paulo Jorge de Sousa

São 15 os refugiados vindos da Ucrânia que Sardoal acolheu, mas nenhuma dessas pessoas é ucraniana. O presidente da Câmara deu conta, na última reunião de executivo, serem seis paquistaneses, sete indianos, um turco e um nigeriano. Na sua maioria jovens estudantes de Medicina e de Economia “apanhados na guerra”. Todos têm estatuto de refugiado.

Por solicitação do Alto Comissariado para as Migrações, Sardoal acolheu 15 refugiados da Ucrânia, mas nenhum é ucraniano. “São pessoas de outros países que estavam lá a trabalhar ou jovens que estavam a estudar”, indicou na quarta-feira o presidente da Câmara de Sardoal, Miguel Borges (PSD).

Esta quinta-feira, o núcleo executivo do CLAS reúne novamente sendo que o serviço de Ação Social do município de Sardoal bem como os restantes elementos do Conselho Local de Ação Social, segundo o autarca, “têm estado a acompanhar no sentido de perceber o que vai dar, quais são as expectativas de vida destes jovens, na sua maioria estudantes de Medicina e também de Economia… de Medicina serão uns seis ou sete, que foram apanhados na guerra. Têm o estatuto de refugiado”.

ÁUDIO | PRESIDENTE DA CM SARDOAL, MIGUEL BORGES (PSD):

Do lado da oposição, Pedro Duque (PS) afirmou que os vereadores “acompanham em toda a linha o apoio que tiver de ser prestado” aos refugiados, incluindo um reforço do apoio garantindo que votarão favoravelmente as medidas nesse sentido.

ÁUDIO | VEREADOR DO PS, PEDRO DUQUE:

A Câmara Municipal de Sardoal está a colaborar na operação de auxílio ao povo ucraniano e disponibilizou-se para acolher “de imediato” até 15 pessoas refugiados da Ucrânia.

O presidente do município, Miguel Borges, “manifestou ao Alto Comissariado para as Migrações a disponibilidade da autarquia em acolher 15 refugiados ucranianos” no imediato tendo disponibilizado para o efeito “duas casas com quatro quartos cada uma”, referiu o autarca na reunião anterior.

Miguel Borges referiu que o executivo quer “uma integração plena. Temos de estar preparados para tudo”.

Acrescentou que também contactou “algumas empresas do concelho” e “se houver vontade” da parte dos refugiados as empresas disponibilizaram postos de trabalho. Garante ainda que “no âmbito da saúde está tudo assegurado” dando conta que a autarquia irá ser responsável pela alimentação dessas pessoas que podem contar com a Loja Social.

A sua formação é jurídica mas, por sorte, o jornalismo caiu-lhe no colo há mais de 20 anos e nunca mais o largou. É normal ser do contra, talvez também por isso tenha um caminho feito ao contrário: iniciação no nacional, quem sabe terminar no regional. Começou na rádio TSF, depois passou para o Diário de Notícias, uma década mais tarde apostou na economia de Macau como ponte de Portugal para a China. Após uma vida inteira na capital, regressou em 2015 a Abrantes. Gosta de viver no campo, quer para a filha a qualidade de vida da ruralidade e se for possível dedicar-se a contar histórias.

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