Foto: mediotejo.net

Foi Manuel Tomás, hoje com 82 anos, quem batizou Tramagal como a “Vila Convívio” do Ribatejo, já lá vão 30 anos, e na sequência dos inúmeros almoços convívio organizados pelos mais diversos grupos onomásticos: dos Joões às Marias, dos Joaquins aos Josés, dos Ruis aos Manuéis.

E até quem tinha um nome menos vulgar não tinha motivo para ficar de fora porque depressa se encontrou uma solução para as Carlotas e Perpétuas, e para os Aurélios e afins: juntaram-se nos almoços convívios dos nomes ‘Diversos” e “Diversas”, isto sem contar com os almoços convívio das inspeções militares ou das amizades forjadas pelas membros das equipas que representaram o Tramagal Sport União (TSU).

 

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Manuel Tomás, jornalista à época, colaborava com o jornal Abarca e com as rádios Tágide e Ral, e deu-se conta das inúmeras notícias que elaborava sobre os convívios que se realizavam em Tramagal. “Se Abrantes era a Cidade Florida e Constância a Vila Poema, porque não Tramagal ser conhecida como a Vila Convívio?”, lembra hoje ao mediotejo.net.

A ideia saiu plasmada num artigo publicado no jornal Abarca, de Tramagal, e desde aí até hoje Tramagal passou a ser conhecida por Vila Convívio do Ribatejo, apesar dos tempos não apagarem a história e a localidade continuar a ser designada por Vila Metalúrgica.

“A ideia pegou porque em Tramagal as pessoas gostam muito de conviver e existem numerosos grupos que todos os anos fazem o seu convívio, apesar de ter menos gente e ser uma localidade menos pujante do que era há 30 anos.

Mas a tradição mantém-se, depois de todos estes anos, e até os Manuéis, que são cada vez menos, continuam a conviver. Se aparecer só um Manuel ao encontro, não dá. Mas, se aparecerem dois Manuéis, aí o almoço convívio é mais do que certo”, brindou.

A experiência de trabalho nas rádios locais despertaram-no para a importância do exercício de um jornalismo de proximidade, qual espírito irrequieto que se apazigua ao dar voz às histórias das gentes, a dar conta dos seus receios e derrotas, mas também das suas alegrias e vitórias. A vida tem outro sentido a ver e a perguntar, a querer saber, ouvir e informar, levando o microfone até ao último habitante da aldeia que resiste.

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