Depois de uma greve a 9 de fevereiro, sem resultados práticos, os trabalhadores da Silicália voltam a reivindicar esta semana por melhores salários. Foto arquivo: STCCMCS\CGTP-IN

Os trabalhadores da fábrica Silicália, no Pego, Abrantes, iniciam no dia 14 de março uma paralisação de um dia, que se repetirá no dia 16, quinta-feira, para obter da administração da empresa, de capitais espanhóis, um compromisso de melhoria salarial e outras regalias sociais.

Os 140 trabalhadores da Silicália Portugal – Indústria e Comércio de Aglomerados de Pedra, S.A., instalada junto à central termoelétrica do Pego, em Abrantes, reivindicam um aumento salarial de 150 euros, atribuição de seguro para todos os trabalhadores e o aumento do atual subsídio de refeição de seis euros para 7,60 euros.

Em declarações à Lusa, António Amaro Costa, do Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias de Cerâmica, Cimentos e Similares, Construção, Madeiras, Mármores, Cortiças do Sul e Regiões Autónomas (STCCMCS\CGTP-IN), disse que a estas reivindicações a empresa tem dito “sempre não”.

ÁUDIO | ANTÓNIO AMARO COSTA, DIRIGENTE SINDICAL:

“Esta greve consiste em que a empresa perceba que os trabalhadores da Silicália merecem respeito e que sem estes trabalhadores também não andará para a frente”, afirmou.

Os trabalhadores reivindicam uma “efetiva negociação salarial e melhoria das condições de trabalho”, com um “aumento salarial digno e um aumento do valor do subsídio de alimentação”, além da “reposição dos subsídios de turno indevidamente retirados, seguro de saúde para todos e eliminação dos fatores de risco que originam as doenças profissionais”, explicou.

Ainda segundo António Costa, com a greve os trabalhadores querem alcançar o que “é justo e necessário” para todos os funcionários, já que a administração da empresa ouve as reivindicações, mas “a resposta é sempre não e que não há condições” para um acordo.

“Acho que havia todas as condições da Silicália poder negociar, não digo a todas as matérias, mas a grande parte delas. A empresa recebe-nos, responde, mas a resposta é sempre não e que não há condições. E, ao longo dos anos, tem sido isto”, criticou, recordando que os trabalhadores já fizeram um dia de greve, em 09 de fevereiro, pelos mesmos motivos.

Agora, de modo a “demonstrar a sua indignação” e para “dar força à reivindicação”, os trabalhadores da Silicália iniciam um novo período de protesto na segunda-feira, às 22:00, até às 24:00 de terça-feira.

Na quarta-feira, os trabalhadores iniciam nova greve às 22:00 até às 24:00 de quinta-feira.

A agência Lusa tentou contactar a administração de empresa, sem sucesso.

Agência Lusa

Agência de Notícias de Portugal

Mário Rui Fonseca

A experiência de trabalho nas rádios locais despertaram-no para a importância do exercício de um jornalismo de proximidade, qual espírito irrequieto que se apazigua ao dar voz às histórias das gentes, a dar conta dos seus receios e derrotas, mas também das suas alegrias e vitórias. A vida tem outro sentido a ver e a perguntar, a querer saber, ouvir e informar, levando o microfone até ao último habitante da aldeia que resiste.

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