Feira Quinhentista. foto mediotejo.net

A Feira Quinhentista de Torres Novas abriu ao público ao final da tarde de quinta-feira, 2 de junho. A população foi convidada a participar nas recriações históricas, tanto nos momentos teatrais como na vivência do espírito medieval, alugando trajes. Paga-se entre cinco e 15 euros por um fato e muitos são os que alugam as vestes para todo o fim-de-semana.

Milhares de pessoas acorreram à abertura da Feira Quinhentista, que permanece no centro histórico de Torres Novas até domingo, 5 de maio. Cerca das 21 horas os curiosos invadiram o certame, com longas filas para entrar na “Taberna do Touro Bravo” (bordel), onde belas donzelas captavam a atenção dos mancebos mais descuidados.

A encenação histórica do dia foi a “Procissão ao Senhor dos Milagres”, que reuniu várias dezenas de figurantes num percurso do Teatro Virgínia à Praça 5 de Outubro, vestidos a rigor com diversos, e característicos, trajes de época, da plebe ao clero, sem esquecer a requintada nobreza. Ao todo estão envolvidos nas recriações de época 300 artistas.

foto mediotejo.net
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Mas não são só os atores e mercadores que se vestem a rigor. A população também é convidada a entrar neste espírito medieval, com o aluguer de trajes a decorrer na Bilheteira. Quando o mediotejo.net passou pelo local, na noite de quinta-feira, já tinham sido alugados cerca de uma centena de fatos, muitos para todos os quatro dias. A preferência incide nos trajes de nobreza, com grande participação das crianças para os desfiles das escolas.

Segue depois a população, que de ano para ano tem vindo a aderir cada vez mais a este conceito. Segundo a responsável pelos trajes, Salette Pinheiro, tem-se vindo a verificar um aumento da participação todos os anos, o que muito a satisfaz. O aluguer por um dia custa cinco euros, para os quatro atinge os  euros.

Para Elsa Romão, de Torres Novas, a experiência de participar na encenação da “Peregrinação ao Senhor dos Milagres” surgiu por mero acaso. Vestida de povo, reflecte que incorporar uma vida diferente tem algo de extraordinário. “É estar numa época completamente diferente e perceber que isto era tudo tão diferente… Tivemos esta oportunidade de viver um bocadinho essa experiência e foi muito bom”, comenta.

Pela Feira estão instalados cerca de 140 mercadores (e alguns camelos), respeitando os moldes de anos anteriores. Da doçaria a bijuteria, sem esquecer os comes e bebes, há ainda espaço para aprender as artes da guerra e contactar com animais exóticos.

Cláudia Gameiro

Cláudia Gameiro, 32 anos, há nove a tentar entender o mundo com o olhar de jornalista. Navegando entre dois distritos, sempre com Fátima no horizonte, à descoberta de novos lugares. Não lhe peçam que fale, desenrasca-se melhor na escrita

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