Apresentação do Rock no Parque. Foto: mediotejo.net

O cartaz anuncia que a 24 e 25 de março vai haver “Rock no Parque”, mas a apresentação da mais recente iniciativa musical do concelho revelou que é mentira. Aliás, uma meia verdade. Vai haver rock, é certo, e não só. Quem visitar o Parque do Almonda durante estes dias da Feira de São Gregório vai ouvir electro rock fusion, hard rock, dark/ gothic-metal, rock alternativo, heavy-metal, rock an roll blues e pop-rock. E é melhor esquecer os covers porque ali só se vão tocar temas originais.

A Feira de São Gregório regressa ao Parque do Almonda entre os dias 17 de março e 2 de abril e com ela chegam os equipamentos de diversão e a mostra de artesanato misturados com o cheiro das farturas e das pipocas. No entanto, este ano, a tradição da Feira de Março é complementada pela primeira edição do “Rock no Parque” com concertos de seis bandas locais e uma de Vila Nova de Gaia.

A apresentação da mais recente iniciativa musical do concelho de Torres Novas foi feita no dia 11 de março por Carlos Ferreira, responsável pela coordenação técnica do Teatro Virgínia, por Pedro Ferreira, presidente da Câmara Municipal de Torres Novas, e contou ainda com a presença de elementos de alguns dos grupos torrejanos que integram o cartaz. O rock predomina, mas quem for à procura de um único género musical depressa irá perceber que as sonoridades são variadas.

Carlos Ferreira e Pedro Ferreira estiveram acompanhados por alguns músicos das bandas locais. Fotos: mediotejo.net

Os sons que se farão ouvir a partir das 22h00 desta sexta-feira e sábado debaixo da tenda de 20 metros colocada na cobertura do parque de estacionamento semi-subterrâneo terão o cunho próprio dos “The Darksons”, “Os Polegar” e “StandBy” na primeira noite e dos “Heavenwood”, “Cruz de Ferro”, “Dog’s Bollocks” e “The Name Ran Away” na segunda. Falamos de “cunho próprio” por se tratarem de bandas que se pretendem diferenciar pelos temas originais.

Se algumas já conseguiram fazê-lo e juntam no mapa concertos de norte a sul do país, outras começam agora a dar os primeiros passos para saírem “da garagem”. As quatro bandas locais presentes no Café Concerto do Teatro Virgínia ao início da tarde dividiram-se neste ponto, com o primeiro caso representado pelos “Cruz de Ferro”e “Dog’s Bollocks” e o segundo pelos “StandBy” e “The Name Ran Away”.

Dog’s Bollocks (Luís Leitão e Daniel Martins), Cruz de Ferro (João Pereira e Ricardo Pombo),, The Name Ran Away (Pedro Policarpo e Afonso Ratinho) e StandBy (João Rosa e Henrique Afonso). Fotos: mediotejo.net

Mais do que um conjunto de concertos, o “Rock no Parque” afirma-se como um ponto de encontro entre músicos de gerações, sonoridades e percursos distintos. Em comum têm a paixão pela música, que ultrapassa a pretensão de fazer dela um modo de vida rentável, e o “sotaque” torrejano. Nesta primeira edição, junta-se o sotaque nortenho dos “Heavenwood”, banda de referência nacional do dark/ gothic-metal.

A iniciativa surge como uma oportunidade, que todos querem que se repita anualmente, de dar a conhecer no concelho o que se faz no concelho e se vai ouvindo, ora nos nos trabalhos discográficos editados dos “The Darksons” (electro rock fusion), “Cruz de Ferro” (heavy-metal), “Dog’s Bollocks” (rock an roll blues) e “Os Polegar” (pop-rock), ora nos concertos que marcam o arranque da carreira dos “StandBy” (pop-rock) e “The Name Ran Away” (hard rock e rock alternativo).

Sónia Leitão

Nasceu em Vila Nova da Barquinha, fez os primeiros trabalhos jornalísticos antes de poder votar e nunca perdeu o gosto de escrever sobre a atualidade. Regressou ao Médio Tejo após uma década de vida em Lisboa. Gosta de ler, de conversas estimulantes (daquelas que duram noite dentro), de saborear paisagens e silêncios e do sorriso da filha quando acorda. Não gosta de palavras ocas, saltos altos e atestados de burrice.

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