Trabalhadores dos entrepostos do Lidl no Linhó, Sintra, e em Torres Novas estiveram hoje de manhã em greve, em protesto contra “a recusa da empresa em atribuir aumentos salariais este ano” e em discutir o caderno reivindicativo.
Em declarações à Lusa, o coordenador da direção regional de Santarém e Leiria do CESP – Sindicato dos Trabalhadores do Comércio, Escritórios e Serviços de Portugal, Ivo Santos, adiantou que a paralisação nos armazéns da cadeia de supermercados em Torres Novas teve uma adesão “um bocadinho acima dos 30%”.
A greve de hoje, que em Torres Novas (distrito de Santarém) decorreu entre as 06:00 e as 10:00, foi realizada, segundo o sindicalista, na sequência de “uma luta que começou em 31 de janeiro”, data da primeira paralisação.
“Depois por causa da [pandemia de] covid-19, as coisas estiveram um pouco em ‘stand-by’, mas retomámos agora a luta porque os problemas de janeiro se mantêm”, referiu Ivo Santos.
Segundo o sindicalista, entre as reivindicações dos trabalhadores estão o aumento dos salários e o fim do trabalho precário.
“A empresa contrata jovens por seis meses e, depois do período experimental, despede-os e vai buscar outros para o mesmo local e função”, relatou Ivo Santos, prometendo “novas ações de luta caso a posição da empresa não se altere”.
Outras reivindicações dos trabalhadores são o fim das reduções temporárias de salário e horário e o pagamento do subsídio de frio a todos que trabalhem em câmaras de congelado e refrigerado.
A Lusa tentou também obter dados da greve no entreposto do Linhó (distrito de Lisboa), que decorreu entre as 11:00 e as 13:00, mas sem sucesso.
A Lusa não conseguiu contactar o Lidl para obter um comentário.