Sete dos 11 refugiados que estavam a viver em Torres Novas desde meados de 2016 já partiram. FOTO: mediotejo.net

Algo se passa com o acolhimento aos refugiados – é o constatação algo desalentada dos autarcas da região. Dos 11 refugiados que se encontravam a residir no concelho de Torres Novas, apenas um casal curdo com os seus dois filhos permanece no município. Um casal iraquiano, cuja senhora se encontrava grávida à chegada em maio, já abandonara a região, seguido pouco depois por um familiar que viera com o grupo, possivelmente para a Alemanha. Também a família que se encontrava a residir com a Casa São José de Cluny terá partido.

O esclarecimento foi pedido pelo deputado António Nobre (PSD) na assembleia municipal de quinta-feira, 23 de fevereiro, questionando se efetivamente todos os refugiados tinham abandonado o concelho. Em resposta, o presidente da Câmara, Pedro Ferreira, admitiria que o acolhimento de refugiados está com vários problemas. “Acho que a nível central o encaminhamento dos refugiados não está a funcionar bem”, referiu, dando o exemplo do caso de Alcanena, em que a família acolhida ficou poucos dias no território.

Terminaria comentando que se deveria caracterizar melhor os refugiados que desejam efetivamente vir para Portugal.“Tudo o que possa vir do futuro dos refugiados tem que ser melhor analisado com Lisboa”, admitiu.

Questionado pelo mediotejo.net, Pedro Ferreira esclareceu que ao casal que já havia partido juntou-se o cunhado, restando apenas o casal curdo com os dois filhos. Já a vereadora Elvira Sequeira comentou que a informação de que dispõe é que também a família que estava com a Casa São José de Cluny, que chegou ao abrigo da Plataforma de Apoio aos Refugiados, também terá partido.

Cláudia Gameiro, 32 anos, há nove a tentar entender o mundo com o olhar de jornalista. Navegando entre dois distritos, sempre com Fátima no horizonte, à descoberta de novos lugares. Não lhe peçam que fale, desenrasca-se melhor na escrita

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