Foto: Virgínia

“Outra Língua” é um projeto criado por mulheres de Angola, Brasil e Portugal, onde habita a consciência de que uma boa parte do que somos depende dos nossos atravessamentos por esse conteúdo simbólico – a língua – que nos precede, que é através dela que configuramos tanto as nossas visões do mundo quanto as nossas possibilidades de compreender o que tem acontecido, e quem somos nós.

“A língua é portuguesa? Que língua falamos afinal? Todas as pessoas que falam português podem dizer que falam a mesma língua? E a(s) nossa(s) língua(s), o que diz(em) sobre nós?”, são algumas das questões levantadas.

Uma performance-conferência em que, a partir da experiência de falantes de português de diferentes países, questionamos se a nossa língua mãe é a mesma e se, intervindo sobre ela, podemos alterar a realidade que descreve.

O Projeto de Acessibilidades da “Dançando com a Diferença”, assegura a audiodescrição do espetáculo.

Durante o ano de 2023, o Teatro D. Maria II irá disseminar a sua atividade artística, envolvendo as populações, os agentes culturais e as administrações autárquicas de mais de 90 concelhos.

Tal como a epopeia homérica, esta Odisseia Nacional é também um retorno ao espaço onde sempre residiu a missão pública do D. Maria II: a amplitude do território nacional.

A programação desta odisseia procura democratizar exponencialmente a oferta teatral, fomentando a criação artística local, com projetos intergeracionais e inclusivos, que refletem a diversidade do país, a partir de escalas regionais. Propõe-se, ainda, a relacionar o pensamento contemporâneo com as identidades locais, aproximando as comunidades de novas linguagens artísticas.

A peça “Outra Língua”, com Keli Freitas, Nádia Yracema, Tita Maravilha e Raquel André, que passa por Torres Novas na sexta-feira, 21 de abril, tem o custo de 7,5 euros, sendo aplicáveis descontos.

Para além de uma sessão para escolas na sexta-feira de manhã e da sessão para público em geral no Teatro Virgínia, decorrerão também duas oficinas de participação gratuita, em torno do espetáculo.

Natural de Torres Novas, licenciada em jornalismo, apaixonada pelas palavras e pela escrita, encontrou na profissão que abraçou mais do que um ofício, uma forma de estar na vida, um estado de espírito e uma missão. Gosta de ouvir e de contar histórias e cumpre-se sempre que as linhas que escreve contribuem para dar voz a quem não a tem. Por natureza, gosta de fazer perguntas e de questionar certezas absolutas. Quanto ao projeto mais importante da sua vida, não tem dúvidas, são os dois filhos, a quem espera deixar como legado os valores da verdade, da justiça e da liberdade.

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