A Comissão Concelhia de Torres Novas do Partido Comunista Português (PCP) exige o pagamento dos salários em atraso para todos os trabalhadores da CMG Cerâmicas, afirmando que “não podem ser sempre os mesmos a pagar”. Atualmente em causa estão os salários de novembro, dezembro e subsídio de Natal, adiantou Válter Cabral, membro dos organismos da direção regional de Santarém do PCP e responsável do concelho de Torres Novas, que deixou uma palavra de solidariedade e de força aos trabalhadores.
Válter Cabral disse ao mediotejo.net que a situação de salários em atraso é agravada tendo em conta a época de quadra festiva que está aí à porta bem como pelo aumento do custo de vida e da inflação, o que torna “inadiável” um aumento dos salários e ainda mais prementemente o pagamento dos respetivos salários, situação que está a afetar a totalidade dos trabalhadores, sendo que a CMG dispõe de mais de uma centena.
“Não podem ser uma vez mais os mesmos a pagar supostas crises, seja por questões da pandemia, seja por questões da guerra, não poderão ser sempre os mesmos a pagar a situação, que particularmente se acentua numa época natalícia”, disse o dirigente do PCP, que acrescentou que já foram confirmadas dificuldades junto dos trabalhadores no que toca aos seus compromissos financeiros, seja de pagamentos de rendas ou mesmo de alimentação.
Válter Cabral deixou uma palavra de solidariedade para com os trabalhadores, afirmando que é necessário que se tomem “todas as providências seja do ponto de vista da empresa, seja do ponto de vista do Governo, para que se resolva a situação junto dos trabalhadores, que se lhes garanta o seu salário que é justo e necessário, porque produziram através do seu trabalho diário”, acrescentando que os mesmos continuam diariamente “a trabalhar e a produzir e a desenvolver economicamente a empresa”.
O dirigente do PCP deixou igualmente uma palavra “de força e de luta para combater tal injustiça que atualmente se situa na CMG Cerâmica em Torres Novas”, afirmando que “podem contar connosco [PCP] para desenvolver a luta necessária do ponto de vista público e social de exigir o que é seu por direito”
“Apelamos aos trabalhadores da CMG que se unam e que façam desta injustiça força para lutar”, concluiu.