Após a polémica com a falta de auxiliares nos centros escolares do Agrupamento de Escolas Gil Paes, em Torres Novas, a instituição avançou para um concurso de contratação de um assistente operacional. De recordar que tanto o Centro Escolar de Assentis-Chancelaria como o Centro Escolar de Olaia-Paço tiveram problemas neste arranque de ano letivo devido à falta de pessoal auxiliar, muitos por baixa médica. O município também já moveu esforços para tentar resolver o problema.
O anúncio, publicado a 28 de novembro em Diário da República por despacho do diretor do Agrupamento de Escolas Gil Paes, destina-se a um assistente operacional (em concreto para auxiliar de ação educativa) para um regime de contrato de trabalho em funções públicas a termo resolutivo certo. A candidatura deverá ser entregue em suporte papel, num prazo de 10 dias a contar da data da publicação.
Duas das escolas do Agrupamento de Escolas Gi Paes foram notícia neste primeiro período escolar devido à falta de auxiliares. Em outubro o Centro Escolar de Assentis-Chancelaria teve que fechar mais cedo, cerca das 15h00, porque não havia pessoal para cuidar das crianças durante o prolongamento escolar. Seguiu-se em novembro o caso do Centro Escolar de Olaia-Paço, a funcionar em Lamarosa, onde os pais acabaram por fechar a escola a cadeado exigindo condições, uma vez que restavam apenas duas, das cinco, auxiliares para tomar conta de 57 crianças de pré-escolar e primeiro ciclo.
As queixas em reuniões de câmara e assembleias municipais em torno da falta de auxiliares têm sido recorrentes no último ano. Aquando o caso de Olaia-Paço, o presidente da Câmara de Torres Novas, Pedro Ferreira, admitiu ao mediotejo.net que se vivia um momento atípico de baixas médica. No entanto, salientou, a legislação não tem facilitado a contratação de recursos humanos. Ainda assim, adiantou, o município ia tentar avançar para a contratação de 17 assistentes operacionais.
Na reunião camarária de 14 de novembro foi aprovada a abertura de um procedimento concursal para um assistente operacional, por tempo indeterminado, para exercer funções como auxiliar de ação educativa.
Foi ainda mencionado que o município fora entretanto buscar 10 pessoas ao centro de emprego, sendo que alguns dos auxiliares em baixa médica já haviam regressado às escolas. O vereador Joaquim Cabral (PS) reforçaria que a escola de Olaia-Paço também já havia sido reforçada com uma auxiliar, transferida pelo agrupamento para aquele espaço.
As mães assumirem-se como voluntárias na substituição de assistentes operacionais nas escolas até pode parecer muito bom à primeira vista. Só espero que essas voluntárias não acabem por resolver o problema e, assim, ser adiada a contratação de funcionários… Também me interrogo se todas as situações estão ponderadas, nomeadamente em caso de uma destas voluntárias sofrer um acidente… estará coberta por algum seguro de trabalho?