O 20.º aniversário do Hospital de Torres Novas foi assinalado no dia 1 de outubro. Foto: mediotejo.net

São 20 anos de memórias, mudanças, desafios e evolução. O Hospital Rainha Santa Isabel – Hospital de Torres Novas – assinalou esta quinta-feira duas décadas nas atuais instalações e o dia foi comemorado com os profissionais que trabalham nesta unidade do Centro Hospitalar do Médio Tejo. Em declarações ao mediotejo.net, o presidente do Conselho de Administração destacou o “enorme salto” que foi dado na prestação de cuidados de saúde à comunidade com a construção deste hospital, no qual funciona um serviço “diferenciado e sofisticado” de Diálise, o investimento com “maior expressão financeira” do CHMT, destacou Carlos Andrade.

 

Foi em outubro de 2000 que foram inauguradas as novas instalações do Hospital Rainha Santa Isabel, espaço no qual permanece até aos dias de hoje, na Avenida Xanana Gusmão, cidade de Torres Novas. Uma mudança que representou um “marco muito importante” e um “enorme salto tecnológico nas condições da prestação assistencial à população”, segundo as palavras do atual presidente do Conselho de Administração do Centro Hospitalar do Médio Tejo.

Na altura, a mudança “meteu-nos medo”, conforme nos conta Susana Braz. “Vínhamos de uma casa pequenina em que éramos uma família pequena, com sítios pequenos. E de repente passamos para uma casa enorme. Foi um desafio”, confessa.

Começou a trabalhar nesta unidade hospitalar em 1998, há 22 anos. Entrou como assistente técnica e é atualmente a diretora financeira do Centro Hospitalar do Médio Tejo. “Faço parte da mobília da casa”, diz, soltando um sorriso escondido por detrás da máscara.

Susana Braz, diretora financeira do CHMT, começou o seu percurso no Hospital de Torres Novas há 22 anos, ainda nas antigas instalações. Foto: mediotejo.net

A história do Hospital Rainha Santa Isabel, conhecido como Hospital de Torres Novas, remonta já ao século XVI. Instalado nos terrenos da Ermida dos Fiéis de Deus, foi relocalizado no extinto Convento do Carmo, sob a administração da Santa Casa da Misericórdia, passando para a dependência do Estado em 1975. Já no início do século XXI, em 2000, o hospital foi instalado na casa que hoje conhecemos, na Avenida Xanana Gusmão.

Exposição alusiva aos 20 anos do Hospital Rainha Santa Isabel, na qual é possível fazer uma viagem ao passado. Foto: mediotejo.net

Susana Braz não tem dúvidas de que a mudança para a nova casa foi “fantástica. Nós, o serviço financeiro, fomos dos primeiros a fazer a mudança. Foi aliciante e isto agora é a nossa casa e vai ser sempre a nossa casa”, reflete, defendendo convictamente que “quem está cá dentro sabe o que é feito e damos valor àquilo que é feito. O que é certo é que funcionamos e funcionamos bem”.

Esta quinta-feira, dia 1 de outubro, o Hospital Rainha Santa Isabel celebrou o 20.º aniversário nas atuais instalações. Para assinalar a data, o Conselho de Administração do Centro Hospitalar do Médio Tejo organizou um programa dirigido aos profissionais que trabalham neste hospital.

A manhã começou com a inauguração de uma exposição de fotografias alusivas aos 20 anos desta casa, através das quais é possível viajar até ao passado, relembrando o antigo edifício do hospital e momentos como o início da construção da nova casa ou a inauguração do novo bloco operatório.

“Já passaram 20 anos? Não parece. Parece menos tempo”, diz Susana Braz ao olhar com saudade para estas imagens. “Afinal estamos cá e, passados 20 anos, conseguimos e estamos bem”, afirma com o orgulho na voz.

20 anos de progresso e com “grande sinal de esperança e de futuro”

Neste dia, o Conselho de Administração juntou-se aos profissionais do hospital para um “café de aniversário” com direito a bolo e a máscaras na cara, pois os tempos assim o exigem.

“Tempos difíceis” em que, mais do que nunca, “é importante não deixar esquecer esta data”, assume Carlos Andrade Costa, presidente do Conselho de Administração do CHMT.

“Estamos muito satisfeitos que esta casa tenha 20 anos em termos de progresso, 20 anos a tratar a nossa população, a melhorar cada vez mais a prestação de serviços que faz, 20 anos com mais pessoas do que tinha há 20 anos, 20 anos com uma moldura etária jovem e isso é um grande sinal de esperança e de futuro”, disse o responsável perante os profissionais do hospital de Torres Novas.

“Temos que continuar a trabalhar para desenvolver esta casa porque todos nós queremos um CHMT grande, bom e com uma enorme qualidade clínica – que tem – e queremos que ela seja cada vez melhor”, reiterou Carlos Andrade Costa. “É para isso que cá estamos, apesar dos momentos menos bons, mas tudo isto passa, o que importa é que estejamos juntos, unidos”.

Em declarações ao mediotejo.net, Carlos Andrade Costa relembra o “enorme salto tecnológico” dado, com a construção do novo hospital, nas condições de prestação assistencial à população. “Celebrar este enorme salto é um marco muito importante (…) o futuro faz-se disto, de saltos qualitativos a pensar sempre que temos de reunir as melhores condições para prestar cada vez melhor serviço à nossa população”.

 

Destaca que, no seio dos três hospitais que constituem o Centro Hospitalar do Médio Tejo, foi em Torres Novas que foi realizado “o maior investimento em termos de investimento único, o investimento com maior expressão financeira”, referindo-se à unidade de diálise com 22 postos. “O investimento mais volumoso do CHMT” que se consubstancia num serviço “diferenciado e sofisticado, integrado no serviço de Nefrologia”.

 

Mas nenhum dos serviços de um hospital funciona sem a existência de profissionais. A comemoração dos 20 anos da unidade hospitalar de Torres Novas nas atuais instalações foi dirigida exclusivamente àqueles que contribuem para a sua vida, por força das circunstâncias da pandemia de Covid-19, e, na ocasião, o presidente do Conselho de Administração destacou a “enorme gratidão por aquilo que é o empenho, profissionalismo, dedicação de todos os profissionais desta casa”.

“Pessoas que muitas vezes ficam além do seu horário, sempre disponíveis para adaptar a sua vida pessoal àquilo que são as necessidades do CHMT e de prestar os cuidados necessários à população”, referiu.

20 anos celebrados em tempos de pandemia e os tempos “desafiantes” que aí vêm

A comemoração dos 20 anos do hospital de Torres Novas nas instalações atuais decorreu numa época incomum, gerando um “sentimento misto”. Se, por um lado, há uma “enorme satisfação, contentamento e alegria em estarmos todos juntos a celebrar este 20.º aniversário”, por outro, há “uma enorme preocupação” com a atual situação da Covid-19.

A este respeito, o presidente do Conselho de Administração do CHMT ressalva que os meses que se aproximam serão “muito difíceis”.

Carlos Andrade Costa, presidente do Conselho de Administração do Centro Hospitalar do Médio Tejo. Foto: mediotejo.net

“Temos que ter consciência que os momentos que vêm aí são muito desafiantes para todos”, admite Carlos Andrade Costa, que lembra o uso “cada vez mais” de máscara para nos protegermos a nós e aos outros.

Do lado do CHMT, a promessa é a de que existe “capacidade para aumentar a nossa resposta Covid”.

“Hoje temos uma resposta de testes que não tínhamos quando a pandemia começou”, admite, referindo a capacidade de realizar 1100 a 1200 testes por dia – uma das capacidades “mais abrangentes que o país tem”.

 

“Nós preparámo-nos ao longo de todos estes últimos meses”, admite o responsável, que, apesar de não esconder a preocupação com uma possível segunda vaga, mostra-se “confiante naquilo que são os nossos recursos, quer materiais quer humanos”.

Abrantina com uma costela maçaense, rumou a Lisboa para se formar em Jornalismo. Foi aí que descobriu a rádio e a magia de contar histórias ao ouvido. Acredita que com mais compreensão, abraços e chocolate o mundo seria um lugar mais feliz.

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *