A organização tinha apenas 25 inscrições oficializadas, mas foram pelo menos meia centena as representações de coletividades, casas comerciais e industriais e casas agrícolas que desfilaram este domingo, 31 de julho, por Riachos, recebendo a bênção do pároco a animais e máquinas agrícolas. O desfile é o momento alto dos festejos populares da Bênção do Gado, que termina segunda-feira, 1 de agosto, com a procissão de regresso da imagem do Senhor Jesus dos Lavradores a Torres Novas.

Mas nem tudo é como antigamente. As juntas de bois são alugadas e os animais a benzer foram substituídos por máquinas. A Igreja de Riachos está aberta à visitação do Senhor Jesus de Lavradores, que ali chegou na sexta-feira, 29 de julho, e só regressa a Torres Novas a 1 de agosto. A sua cruz, no entanto, vem também ela no desfile, transportada por um carro de bois da junta de freguesia. A paragem junto à tribuna do pároco é obrigatória e são trocadas algumas palavras antes de se prosseguir com a conclusão dos três quilómetros de desfile.

“É um desfile mais concorrido que há quatro anos”, referiu um dos membros da organização ao mediotejo.net, sem saber precisar números. As comissões mudam a cada quatro anos, periodicidade estabelecida para a Bênção, e é difícil fazer comparações. Os carros foram chegando, os campinos e os cavaleiros, as crianças e as charretes, os grades tratores e as debulhadoras, e muitos nem preencheram a folha de inscrição.

O desfile passa e alguns produtores oferecem legumes e frutas a quem o deseja. Um produtor de tomates atira vários quilos para o público. As ruas estão decoradas com centenas de flores, as casas com pinturas alusivas às atividades agrícolas, houve quem expusesse antigos equipamentos agrícolas à porta de casa. Nas bermas, ou já na estrada, centenas de pessoas assistiram ao desfile, algumas trajadas à época.
A Bênção do Gado regressa em 2020.
