O Bloco de Esquerda enviou duas cartas ao Ministério da Saúde em que questiona a falta de médico nas freguesias de Assentis e de Chancelaria, no concelho de Torres Novas. Pedem-se respostas e medidas para reverter estas situações de carência, que só vêm agravar as limitações da crise pandémica.
Na carta sobre Assentis, a que o mediotejo.net teve acesso, o BE refere que esta freguesia, com cerca de 3 mil habitantes, tinha até recentemente serviços de saúde com atendimento à população em três locais, nomeadamente em Fungalvaz, Casais de Igreja e Assentis. “Os médicos cumpriam 40 horas semanais de trabalho, o que permitia uma cobertura razoável das necessidades dos/das utentes”, constata-se.
Uma médica, porém, reformou-se. “Agora o atendimento médico está reduzido a 8 horas semanais em Casais de Igreja e 8 horas semanais em Assentis. Esta situação tem levado muitos utentes a deslocarem-se à extensão de saúde pelas 4 horas da manhã, situação intolerável. A Junta de Freguesia tem vindo a expressar a sua grande preocupação com esta situação”, refere a missiva.
A covid-19 só veio piorar a situação, com as limitações colocadas no acesso aos cuidados de saúde. O BE conclui assim a questionar para quando a colocação de novos clínicos na freguesia de Assentis.
As questões são semelhantes em Chancelaria. Na segunda missiva, o Bloco de Esquerda refere que está iminente a reforma da médica que serve os 2 mil habitantes da freguesia. “Torna-se necessário providenciar desde já a substituição da médica que presta serviço na Freguesia, de modo a garantir que não haverá interrupção na prestação de cuidados de saúde”, salientam.