Pedro Barroso comemorou «50 anos de música e palavras» com concerto no Teatro Virgínia. A Câmara de Torres Novas atribuiu agora a medalha de honra do Município a Pedro Barroso. Foto: DR

Por unanimidade e aclamação, a Câmara Municipal de Torres Novas decidiu atribuir a Medalha de Honra do Município ao músico riachense Pedro Barroso. A decisão foi tomada na reunião do executivo realizada no dia 7, por proposta do presidente da Câmara.

Pedro Ferreira defendeu que as homenagens devem ser prestadas em vida e leu um texto com um resumo da biografia de Pedro Barroso. Com base no Regulamento para Atribuição de Galardões Honoríficos, a Medalha de Honra do Município pode ser atribuída a “pessoas, singulares ou coletivas naturais ou residentes no concelho, cujos feitos, obras ou atividades, alcancem projeção nacional ou internacional e dessa forma contribuam para o prestígio do concelho”.

A votação da proposta foi feita por voto secreto e terminou com um aplauso depois de se saber que tinha havido unanimidade.

A entrega da medalha será feita num momento a marcar posteriormente.

De recordar que Pedro Barroso comemorou no dia 21 de dezembro de 2019, 50 anos de carreira com um espetáculo que esgotou o Teatro Virgínia e serviu de despedida dos palcos.

Pedro Barroso, de seu nome completo António Pedro da Silva Chora Barroso, nasceu em Lisboa, a 28 de novembro de 1950.

Conclui a sua licenciatura em Educação Física (INEF, 73) e será professor efetivo no Ensino Secundário durante 23 anos.

Colabora ativamente após o 25 de Abril em inúmeras atuações em todo o País e junto das Comunidades e compôs grandes êxitos que o país aprendeu.

Cantou até hoje em praticamente todas as grandes salas portuguesas (Coliseu, Aula Magna, Fórum Lisboa, Rivoli, Pavilhão Atlântico…) e bem como em todo o país e ainda na Alemanha, Bélgica, Brasil, Canadá, Espanha, EUA, França, Holanda, Hungria, Luxemburgo, China, Suíça e Suécia.

Recebeu até hoje alguns prémios nacionais e estrangeiros. Assim, recebeu o prémio para a melhor canção (“Menina dos olhos d’água”, prémio Eles e Elas 1986), melhor disco de 87 (Prémio Directíssimo), troféu Karolinka (Festival Menschen und Meer, RDA 81), diploma de mérito da Secretaria de Estado do Ambiente pelos serviços prestados à causa do Ambiente (Ano Europeu do Ambiente 88), Troféu Lusopress para o melhor compositor português (Paris 93), troféu Pedrada no Charco (Rádio Central FM Leiria, como compositor/intérprete em 93 e melhor Disco em 2005) e menção de Mérito Cultural do Município de Newark em 2003. Foi ainda distinguido com a chave da cidade de Danbury (USA).

Considerado como um dos últimos trovadores de uma geração de coragem que ajudou pela canção a conquistar as liberdades democráticas para Portugal.

A par com uma fecunda discografia como autor e compositor (cerca de 30 discos editados, entre Ep’s, singles, LP’s, CD’s, Antologias várias e discos coletivos), tem publicado também poesia (“Cantos falados” Ed. Ulmeiro, 1996; “das Mulheres e do Mundo” Ed. Mirante, 2003) e ficção, pois lançou em 2005 o seu livro “A história maravilhosa do País bimbo”.

Celebrou recentemente (21/12/2019), 50 anos de carreira com um espetáculo no Teatro Virgínia a que deu o título “50 anos de Música e Palavras”.

José Gaio

Ganhou o “bichinho” do jornalismo quando, no início dos anos 80, começou a trabalhar como compositor numa tipografia em Tomar. Caractere a caractere, manualmente ou na velha Linotype, alinhavava palavras que davam corpo a jornais e livros. Desde então e em vários projetos esteve sempre ligado ao jornalismo, paixão que lhe corre nas veias.

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