O executivo municipal de Tomar rejeitou esta segunda-feira, 31 de julho, por maioria, uma proposta do PSD para dar um apoio extraordinário ao Sporting Club de Tomar. Tratava-se de ressarcir o montante que a associação entregou, como donativo, às vítimas do grande incêndio de Pedrógão Grande. PS e independentes elogiaram o gesto solidário do clube, mas não concordaram com os termos do apoio extraordinário.
A proposta partiu da bancada do PSD, com o vereador João Tenreiro a elogiar o gesto do Sporting Club de Tomar que realizou um donativo às vítimas de Pedrógão Grande. Propunha-se assim que o município devolvesse o montante doado, em forma de apoio extraordinário.
A ação solidária do Sporting de Tomar foi elogiada por todos quantos tomaram a palavra, assim como a defesa do apoio ao associativismo. No entanto os termos do apoio extraordinário não trouxeram consenso, com o vereador Hugo Cristóvão (PS) a constatar que apesar da “bondade”, ressarcir dinheiro que foi alvo de uma doação poderia criar um mau precedente. Também o vereador Pedro Marques (IpT) manifestou as suas dúvidas, sugerindo que a dar-se um apoio extraordinário este não fosse no valor da doação.
A presidente da Câmara, Anabela Freitas, foi a última a intervir, considerando que “a solidariedade é dada, não é ressarcida”, e votando contra a proposta. Esta acabaria por ser rejeitada com os votos contra do PS e CDU e a abstenção do IpT.