O PSD recomendou que a Câmara Municipal inste a DGPC para possível reabilitação da Torre da Condessa, onde foi aberta nova ligação pedonal no final de novembro que permite circuito entre o Convento de Cristo/Castelo Templário, a Mata Nacional dos Sete Montes e o centro histórico. Os vereadores social-democratas, pela voz de Luís Ramos, apontaram “o estado de degradação em que se encontra a torre e a escada anexa”.
O vereador, que apresentou a recomendação na reunião de Câmara passada, disse que “são visíveis brechas nas paredes, o telhado evidencia sinais de degradação e toda a estrutura revela necessitar de intervenção”.
Por outro lado, Luís Ramos (PSD) lembrou que “o protocolo assinado entre a autarquia, o ICNF e a DGPC pode não se limitar à abertura da Porta da Condessa, nesse sentido, recomendamos que a Câmara Municipal de Tomar solicite à DGPC para que analise a possibilidade de reabilitação da Torre da Condessa em parceria com a autarquia e o ICNF”, mencionou.
Anabela Freitas, presidente da CM Tomar, lembrou que a Torre da Condessa é propriedade da DGPC “e nem sequer está visitável” porque “serve de armazém para os materiais que utilizam para a limpeza dos espaços verdes do jardim do Convento”.

“Isto tem que ser repartido pelas três entidades, não pode cair tudo em cima da Câmara”, sublinhou, comentando que a autarquia “não tem que andar sempre a substituir-se à administração central do Estado”, lembrando nomeadamente o investimento municipal feito no Aqueduto dos Pegões, nomeadamente de um estudo “dos marcos que estavam com inclinação muito grande que poderia levar à sua ruína, conforme dizem os peritos”.
“A DGPC, já que fica com a totalidade da bilheteira de quem vem visitar o Convento de Cristo, pode perfeitamente investir em obras de recuperação no Convento”, frisou a autarca, defendendo que a receita deveria ser alocada “a despesas no próprio monumento, e não ir para o saco geral da DGPC”.
Por outro lado, Anabela Freitas referiu existir preocupação com os tanques que existem na Mata dos Sete Montes. “Era importante recuperar os tanques, até para poder ter um ciclo da água e poder haver rega aproveitando essa água. O ICNF está na disposição de procurar financiamento, sendo que já sabemos que o Município de Tomar terá de ser dono da obra, porque o ICNF não tem dinheiro para assumir a componente nacional”, começou por indicar.
Por outro lado, deu conta de que ficou acordado o ICNF “trabalhar em conjunto com o Gabinete de Obras Municipais para identificar, tanque a tanque, qual a intervenção necessária, para depois fazer um projeto global que possamos candidatar a fundos comunitários, para fazer a reabilitação”, concluiu.
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