O PSD, na voz da vereadora Catarina Ferreira, em substituição de José Delgado, alertou o executivo camarário de Tomar sobre os jacarandás plantados ao redor da praça central da Várzea Grande e para a ausência de sombra naquela área. “Verificou-se que grande parte dos exemplares que estão na Várzea Grande estão mortos ou danificados de forma irrecuperável. Alguns até estão a tentar surgir desde a base, o que não é desejável, e com muita pena esta zona continua despida na primavera”, alertou a vereadora.
O PSD entende que seria de repensar a integração de outras espécies de copa larga que pudessem naquela praça de grande extensão servir de sombra e que tenham um crescimento mais rápido que os jacarandás.
Já Anabela Freitas (PS), presidente da CM Tomar, referiu que a obra encontra-se em período de garantia por 12 meses, e por isso, as árvores que não vingarem serão substituídas pela empresa responsável pela empreitada.
O PSD levou a reunião de Câmara preocupação sobre os jacarandás na zona central da Várzea Grande. Lembrando que “no período de discussão pública do projeto o executivo já tinha recebido participações de alguns cidadãos que mostraram especial preocupação com a escolha dos jacarandás, não pondo em causa toda a exuberância da floração que era desejável, mas pela própria sensibilidade da espécie a algumas intempéries e ao próprio contexto em si, sendo uma grande zona de praça que precisa de sombras e de algum conforto climático”, começou por notar Catarina Ferreira.

“Infelizmente, a conjunção da escolha desta espécie mais o período de plantação executado, numa altura do ano atípica, de grandes geadas, verificou-se que grande parte dos exemplares que estão na Várzea Grande estão mortos ou danificados de forma irrecuperável. Alguns até estão a tentar surgir desde a base, o que não é desejável, e com muita pena esta zona continua despida na primavera”, argumentou.
Os vereadores do PSD creem que ainda se vai a tempo de alterar a situação. “Da nossa parte, acreditamos que vamos sempre a tempo de reverter uma opção que não está a servir o concelho. Na verdade até pode ser uma oportunidade para se repensar outras espécies que possam ser uma mais-valia para uma zona tão movimentada – por exemplo, espécies com copas mais largas e que possam proporcionar mais sombra e se possível com uma taxa de crescimento mais rápida do que os jacarandás”, argumentou.
Por seu turno, a autarca tomarense Anabela Freitas (PS) referiu que a obra está dentro do prazo de garantia, que inclui a questão das plantas/arborização, tratando-se de um prazo de 12 meses. “Qualquer necessidade de substituição será feita pela própria empresa. A empresa até já deixou algumas árvores no local, dentro de vasos, já prontas para substituir. Durante o período, todas as árvores ou qualquer elemento que for morrendo por via da plantação, serão substituídas”, asseverou.

Ainda assim, a autarca socialista notou que a Várzea Grande não tem só jacarandás, uma vez que contém “árvores com outro porte e que dão outro tipo de sombra. O que o projetista diz é que se trata de um tipo de árvores que têm alguma implementação na cidade”.
Anabela Freitas referiu também, num aparte, que a questão das árvores não reuniu consensos. “Houve uma discussão grande, porque há engenheiros que defendem que a aquele tipo de árvores [jacarandá] dá-se melhor em espaços mais confinados, outros dizem que não, e que ali na praça se dá”, contou.
Quanto à alteração de espécies proposta pela oposição, a edil referiu não ser possível. “A empreitada é lançada com determinado requisito, e só se alterava durante a empreitada. Não é depois da empreitada estar fechada que se vai alterar”, alertou, notando que apesar dessa situação “não quer dizer que não se faça a substituição da espécie de árvores fora do prazo de garantia”.
Na passada reunião de CM pública, foi ainda aprovada por unanimidade a primeira revisão de preços, a título provisório, relativo à empreitada de requalificação da Várzea Grande, adjudicada à empresa Ângulo Recto Construções, limitada, no valor de 67.886,98 euros; mandar liquidar ao adjudicatário o referido montante, acrescido do IVA à taxa legal.
Em resposta a dúvidas do PSD, o executivo socialista referiu que estão a ser instalados os postos de carregamento para veículos elétricos na Várzea Grande, que aguardarão parecer da empresa Mobi.E para entrarem em funcionamento. Estes vêm juntar-se a outros postos já em funcionamento na cidade, instalados há mais tempo, nomeadamente nos parques cobertos da cidade.