Foto: Arlindo Homem

O PSD voltou a alertar o executivo da Câmara Municipal para problemas insistentes de falta de iluminação pública em alguns pontos da cidade, referindo que tal se deve a problemas e falhas na substituição para o novo sistema de iluminação pública inteligente. “Na cidade há pessoas que até têm medo de ir à rua à noite”, alertou a vereadora Célia Bonet (PSD).

Célia Bonet referiu ter conhecimento de reclamações referentes a ruas e avenidas da cidade, caso da Avenida Cândido Madureira e Rua Alexandre Herculano, entre outras.

“Ruas em que a iluminação está apagada, e outros candeeiros nunca chegaram a ficar utilizáveis desde que foram substituídos pelo novo sistema, não funcionam. Já lá vão entre seis a sete meses que nestas ruas ficaram avarias após as intervenções”, afirmou durante a reunião de Câmara pública desta semana.

“Acho que deve ser visto. As noites são maiores, e as pessoas queixam-se com razão. Já agora que não fiquem pior do que estavam, que a iluminação seja um bocadinho melhor”, aludiu.

A socialista Anabela Freitas reconheceu que “existem deficiências ainda por todo o concelho”, dando conta de reporte recente de problema na União de freguesias de Serra e Junceira.

A presidente da Câmara já havia explicado que algumas luminárias ainda não estão substituídas, e torna-se necessária a instalação de mais repetidores para que haja cobertura total, tentando contornar obstáculos que interferem na comunicação do sistema, como árvores ou edifícios.

“Aquilo que estamos a pagar à EDP é muito menor do que se não tivéssemos feito nada. Não quer dizer que não tenhamos problemas”, disse presidente da Câmara, dando conta de que têm ocorrido reuniões entre Departamento de Obras do município (que gere o contrato) com a empresa Ferrovial.

Por outro lado, alertou Anabela Freitas que existem “matérias que são ainda da responsabilidade da EDP”.

Sobre o assunto, o vice-presidente da autarquia, Hugo Cristóvão, acrescentou que é preciso perceber a diferença entre “a alteração da iluminação onde já existia e aquilo que são situações de iluminação onde ela nunca existiu”.

“Muitas das reclamações que chegam são de situações de iluminação onde ela nunca existiu. Diferente das deficiências sobre a instalação que não está toda resolvida, em todas as partes do concelho, apesar de saber que nas últimas duas ou três semanas, na cidade, o parque de Santa Iria já tem iluminação nova. Houve obras por parte da empresa recentemente”, disse.

Hugo Cristóvão refere que muitas das reclamações e queixas têm a ver, sim, com a extensão da rede de iluminação pública, e não com a substituição do sistema de iluminação.

“Recentemente, andou nas redes sociais uma questão, com os pais de alunos e pessoas ligadas à anterior Junta de freguesia, em que diziam que era uma vergonha não haver iluminação pública junto ao centro escolar dos Casais. Mas nunca houve desde o momento em que foi construído. Estamos a trabalhar nisso, e é um dos pontos que está identificado a par de outros para aumento de rede. É diferente da situação de um candeeiro que esteja avariado ou da questão da substituição para tecnologia de led”, frisou.

Anabela Freitas referiu que a extensão de rede de iluminação pública “é responsabilidade da EDP, estando protocolado que todos os anos a empresa tem de fazer até 12% de investimento no concelho daquilo que é a faturação do município. O que está a ser trabalhado para o orçamento de 2021, onde todos os presidentes de Junta pedem extensão de rede. Mas não é possível chegar a todo lado”, alertou.

Recorde-se que arrancou em Tomar, em outubro de 2019, o projeto pioneiro de iluminação pública inteligente que visa a substituição total de luminárias com a colocação de 13 722 BIPs ao longo de seis meses, nas onze freguesias.

Tal representa um contrato de 8,9 milhões de euros entre a Câmara Municipal e a empresa Ferrovial. A este contrato de eficiência energética junta-se um sistema inovador com cunho da Softinsa/IBM, que permite a comunicação e monitorização em tempo real em rede, assente no conceito de “Smart Human City”, no qual Tomar se pretende continuar a afirmar.

Formada em Jornalismo, faz da vida uma compilação de pequenos prazeres, onde não falta a escrita, a leitura, a fotografia, a música. Viciada no verbo Ir, nada supera o gozo de partir à descoberta das terras, das gentes, dos trilhos e da natureza... também por isto continua a crer no jornalismo de proximidade. Já esteve mais longe de forrar as paredes de casa com estantes de livros. Não troca a paz da consciência tranquila e a gargalhada dos seus por nada deste mundo.

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