A presidente da Câmara Municipal de Tomar, Anabela Freitas (PS) pediu uma audiência urgente ao secretário de Estado da Saúde, tendo assente o seu pedido na base de, e segundo refere a autarca no documento enviado ao Governante, “um processo de desqualificação da unidade hospitalar instalada nesta cidade, o Hospital de Nª Sra. da Graça, deveras agravado no decurso dos últimos quatro anos, com a saída da Medicina Interna a agravar ainda mais o abandono das populações do concelho e da região, face àquilo que consideramos serem as condições que os cidadãos do concelho têm, no que aos cuidados de saúde hospitalares diz respeito”.

Segundo se pode ler no mesmo documento, “já no decurso deste mandato, a Assembleia Municipal de Tomar tomou deliberações em 2014 e em 2015 tendentes a reforçar a disponibilidade de serviços e a perene recusa da integração da unidade de Tomar em qualquer agregação de redes de referenciação hospitalar com hospitais de fora da região onde estamos integrados, propondo nomeadamente a imediata revogação da Portaria nº 82/2014 de 10 de Abril”.
Segundo destaca ainda Anabela Freitas, “também a Câmara Municipal de Tomar deliberou, já este ano, no mesmo sentido e, fruto de toda a pressão exercida, foi possível, não só evitar que a agregação do Centro Hospitalar do Médio Tejo se fizesse com o Hospital de Santarém, como conseguir que algumas camas de medicina interna fossem repostas na unidade de Tomar”.
“Ora”, continua, “num último ato de desrespeito pela população do concelho de Tomar, deu a tutela do anterior governo luz verde para que esta administração do Centro Hospitalar pudesse, de novo, promover o encerramento total da medicina interna na unidade hospitalar de Tomar, estranhando o município que possa ser pensada a reabertura completa do serviço na unidade de Torres Novas, que tem, por exemplo, o bloco operatório encerrado, sem abrir em simultâneo o mesmo serviço em Tomar”.
Assim, e face a esse cenário, solicitou já a presidente da Câmara de Tomar uma audiência urgente ao secretário de Estado da Saúde e à Administração da ARS de Lisboa e Vale do Tejo, de forma a expor as razões das populações servidas pela unidade de Tomar, que se estendem ainda pelos concelhos de Ferreira do Zêzere e Ourém, as quais, afirma, “têm sido assim privadas de, com maior proximidade, acompanhar os seus familiares pelo encerramento da medicina interna”.

A experiência de trabalho nas rádios locais despertaram-no para a importância do exercício de um jornalismo de proximidade, qual espírito irrequieto que se apazigua ao dar voz às histórias das gentes, a dar conta dos seus receios e derrotas, mas também das suas alegrias e vitórias. A vida tem outro sentido a ver e a perguntar, a querer saber, ouvir e informar, levando o microfone até ao último habitante da aldeia que resiste.

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