A Escola Secundária Jácome Ratton procura responder às necessidades do mercado de trabalho, contribuindo para a melhoria do desenvolvimento social e económico da região, e tem estabelecido protocolos e parcerias com as empresas com vista a fomentar a inserção profissional dos seus alunos.
Integrada no Agrupamento Templários, em Tomar, a Escola Secundária Jácome Ratton — antiga Escola Industrial —, promove, entre outros, os Cursos profissionais de Técnico de Processamento e Controlo de Qualidade Alimentar e de Técnico de Gestão e Programação de Sistemas Informáticos, considerando que as parcerias estabelecidas com empresas são essenciais para a formação dos alunos.
A abertura do curso de Técnico de Processamento e Controlo de Qualidade Alimentar foi proposta devido à carência de técnicos nesta área e tendo em conta a existência de variadas empresas na região, refere Carlos Ribeiro, director do Agrupamento de Escolas Templários.
À data de abertura dos cursos foram estabelecidas parcerias com diversas empresas: Sicarze, Citaves, Adega Cooperativa de Tomar, MacDonald’s, Modelo e Zêzereovo. “Os formandos desenvolveram a sua formação em contexto de trabalho nas diferentes empresas, tendo em consideração as necessidades das mesmas”, explica o responsável.

A formação decorre em salas de aula teóricas, tais como o Laboratório de Biologia e Geologia e Laboratórios de Química. Para o desenvolvimento das aulas teórico-práticas, a escola dispõe de equipamento específico na área, nomeadamente microscópios óticos, lupas binoculares, material de manuseamento (de vidro e outros), material para análise química de compostos orgânicos e inorgânicos, medidores de pH e de temperatura.

A grande maioria dos professores do Curso Profissional de Técnico de Processamento e Controlo de Qualidade Alimentar pertence ao quadro de escola. Os professores das áreas tecnológicas, tal como os restantes, têm qualificações académicas ao nível da Licenciatura ou Bacharelato.
A Escola preocupa-se em distribuir as disciplinas técnicas pelos professores do quadro, de acordo com perfil e a experiência adquirida e demonstrada em anos anteriores. Os cursos funcionaram apenas dois ciclos de formação: em 2007-2010 e em 2010-2013. Está na oferta formativa 2016-2017 para abertura de 0,5 turma (15 alunos), mas a procura foi, até agora, insuficiente (apenas um aluno manifestou interesse).

Nos últimos nove anos apenas 38 alunos frequentaram o curso. Os últimos dados conhecidos, de 2012, indicavam que 20% dos alunos tinham ficado empregados, 40% optaram por prosseguimento de estudos, 10% estavam desempregados e 30% com situação não conhecida.
Curso Técnico de Gestão e Programação de Sistemas Informáticos ajuda no processo de internacionalização das empresas
Quanto ao curso profissional Técnico de Gestão e Programação de Sistemas Informáticos, Carlos Ribeiro considera que é importante, uma vez que a região do Ribatejo Norte, que hoje engloba as designadas Comunidades Urbanas do Médio Tejo e da Lezíria do Tejo, posiciona-se como uma região de densidade empresarial média, com taxas médias de crescimento ligeiramente acima da média nacional, ao nível do número de empresas criadas.

“Na estrutura dimensional das empresas predominam as PME’s. Na distribuição setorial do emprego, o setor terciário adquire enorme importância, mais de 60%, e o secundário cerca de 31 por cento. Os ramos de atividade económica mais representativos são o comércio, as indústrias transformadoras, construção e obras públicas, serviços, transportes”, caracteriza Carlos Ribeiro.
Deste modo, os setores referidos, quer na componente privada quer na pública, apresentam uma importância relevante na economia e empregabilidade da região, distribuindo-se por empresas de dimensão nacional, a empresas de âmbito regional e local, além das entidades oficiais (Escolas, Hospitais, Câmaras, Tribunais, Centros de Saúde…), que na região assumem cada vez maior importância na estratégia de desenvolvimento económico e social.

O responsável refere que existem já algumas empresas sedeadas na região com projetos de internacionalização e com filiais e atividade no continente africano (Angola e Moçambique) e no Leste Europeu. “Considerando a concorrência elevada, aliada às crescentes exigências da qualidade da educação/formação, assim como o recurso a novas tecnologias e à utilização de novos materiais, o recrutamento de mão-de-obra qualificada é hoje uma prática de gestão corrente exigindo novas competências aos trabalhadores, nomeadamente para interpretar, analisar, executar, desenvolver e ter sentido critico no sentido de enquadrar e adaptar aos projetos das várias especialidades profissionais das empresas / organizações”.

Como tal, a proposta de abertura do curso visou elevar a qualificação dos jovens que pretendem exercer uma atividade profissional a nível local e/ou regional.
As áreas formativas escolhidas pela escola procuram corresponder a necessidades para empresas da região, em setores considerados dinâmicos e com esperada criação de empregos, estando deste modo a escola a dar um valioso contributo para a empregabilidade dos formandos e para o desenvolvimento local/regional.
O Agrupamento Templários sempre procurou responder às necessidades do mercado de trabalho, contribuindo para a melhoria do desenvolvimento social e económico da região, e tem estabelecido protocolos e parcerias adequadas com as empresas e entidades com vista a fomentar a inserção profissional dos seus alunos.
Essa prática de abertura e trabalho conjunto com o mundo empresarial local tem sido um instrumento ativo para assegurar a colocação dos finalistas dos cursos na Formação Prática em contexto de Trabalho, gerando ambientes favoráveis de empregabilidade.
Referem-se, a título de exemplo, as parcerias feitas para alguns cursos com Associação Empresarial, Autarquia, Associação para desenvolvimento local e regional, Empresas, Entidades Públicas, Instituição Ensino Superior e Instituição de Solidariedade Social.
No âmbito da formação, a escola possui, além das salas de aula normais, também Laboratório de Informática e Sala de Sistemas Digitais/Eletrónica.
O curso profissional Técnico de Gestão e Programação de Sistemas Informáticos funciona desde 2013. O primeiro ciclo de formação terminou em julho de 2016. Tem uma média de 20 alunos ano. O curso tem funcionado ininterruptamente desde 2013. Em 2016-2019 irá funcionar o quarto curso, com um total de 70 alunos em formação. Além do concelho de Tomar, o curso integra alunos dos concelhos de Ferreira do Zêzere, Alvaiázere e Torres Novas.
De acordo com o Sistema de Antecipação de Necessidades de Qualificações da ANQEP, o curso tem relevância de qualificação nível 3, sendo considerada uma saída profissional de prioridade média. Sobre os primeiros alunos que concluíram o curso este ano, ainda não existem dados sobre a taxa de empregabilidade.